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Aeronáutica descarta pane em equipamentos do Legacy e radares do Cindacta
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa) reforçou nesta sexta-feira (28) que não houve pane nos equipamentos de comunicação ou no transponder do jato Legacy, que se chocou no ar contra o Boeing da Gol há um ano. A Aeronáutica também descartou a "ineficiência ou deficiência" dos radares do controle do tráfego aéreo. No entanto, as investigações apontam que "algumas normas e procedimentos não foram corretamente executados". O relatório final do Cenipa deverá informar os motivos.
Estas foram algumas conclusões da Aeronáutica após um ano de investigação do acidente que matou 154 pessoas em 29 de setembro de 2006. O relatório final sobre a tragédia, contudo, ainda não foi concluído. A informação foi repassada pelo chefe do Cenipa, Jorge Kersul, e pelo presidente da comissão de investigação, coronel Rufino Antonio da Silva Ferreira, ao tio de uma vítima do acidente, Jorge André Cavalcante.
"Estive com o coronel Rufino Ferreira e com Jorge Kersul, presidente e diretor do Cenipa, respectivamente, e eles me disseram que não há relatório final sobre o acidente. Segundo eles, a informação concreta é que serão divulgadas, na próxima semana, recomendações para evitar que novos acidentes aéreos aconteçam", disse Jorge André Cavalcante, que também presidiu a Associação de Parentes das Vítimas do Vôo 1907.
Documento
No documento sobre um ano do acidente com o vôo da Gol, divulgado nesta sexta, a Aeronáutica afirma que, "sob a ótica da prevenção, todo acidente decorre da junção de diversas condições alinhadas, as chamadas barreiras de segurança, e nunca em conseqüência de um único fator".
"É assim em qualquer parte do mundo e compete à investigação preventiva retirar lições dessas ocorrências que resultem no aperfeiçoamento de toda e qualquer área envolvida".
A Aeronáutica negou que tenha vazado informações sobre as investigações, "consciente das normas internacionais que regem tal procedimento e da importância de se preservar dados necessários para o esclarecimento dos fatores que contribuíram com o acidente". Disse ainda que os familiares das vítimas têm recebido informações "consolidadas" sobre o acidente, incluindo "dados das caixas-pretas e dos diálogos gravados no controle de tráfego aéreo".
Crise aérea
Para justificar atrasos e cancelamentos de vôos, a Aeronáutica informou que 18 controladores foram afastados do trabalho, no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo em Brasília (Cindacta-1), para receber auxílio psicológico.
"Esta situação, dentro de um contexto onde o número de profissionais estava exato em relação à demanda, fez com que o efetivo disponível não fosse o suficiente para atender as necessidades do controle de tráfego na área do Cindacta-1, onde o volume de aeronaves era muito grande. Este cenário desencadeou uma situação na qual o sistema de controle não apresentava condições de atender satisfatoriamente o fluxo de aeronaves no espaço aéreo, o que, aliado a outros fatores conjunturais, resultou em atrasos, retenções e cancelamentos de vôos, sem comprometer a segurança das operações aéreas".
Algumas medidas para conter a crise, segundo a Aeronáutica, foram adotadas, entre elas, contratação e treinamento de controladores na reserva, realização de concurso para 64 controladores civis e abertura de duas novas turmas de formação de controladores militares, com 160 vagas cada. Os 17 radares do sistema de controle do espaço aéreo, informou a Aeronáutica, estão sendo modernizados e uma central de comunicação reserva foi instalada no Cindacta-1.
Estas foram algumas conclusões da Aeronáutica após um ano de investigação do acidente que matou 154 pessoas em 29 de setembro de 2006. O relatório final sobre a tragédia, contudo, ainda não foi concluído. A informação foi repassada pelo chefe do Cenipa, Jorge Kersul, e pelo presidente da comissão de investigação, coronel Rufino Antonio da Silva Ferreira, ao tio de uma vítima do acidente, Jorge André Cavalcante.
"Estive com o coronel Rufino Ferreira e com Jorge Kersul, presidente e diretor do Cenipa, respectivamente, e eles me disseram que não há relatório final sobre o acidente. Segundo eles, a informação concreta é que serão divulgadas, na próxima semana, recomendações para evitar que novos acidentes aéreos aconteçam", disse Jorge André Cavalcante, que também presidiu a Associação de Parentes das Vítimas do Vôo 1907.
Documento
No documento sobre um ano do acidente com o vôo da Gol, divulgado nesta sexta, a Aeronáutica afirma que, "sob a ótica da prevenção, todo acidente decorre da junção de diversas condições alinhadas, as chamadas barreiras de segurança, e nunca em conseqüência de um único fator".
"É assim em qualquer parte do mundo e compete à investigação preventiva retirar lições dessas ocorrências que resultem no aperfeiçoamento de toda e qualquer área envolvida".
A Aeronáutica negou que tenha vazado informações sobre as investigações, "consciente das normas internacionais que regem tal procedimento e da importância de se preservar dados necessários para o esclarecimento dos fatores que contribuíram com o acidente". Disse ainda que os familiares das vítimas têm recebido informações "consolidadas" sobre o acidente, incluindo "dados das caixas-pretas e dos diálogos gravados no controle de tráfego aéreo".
Crise aérea
Para justificar atrasos e cancelamentos de vôos, a Aeronáutica informou que 18 controladores foram afastados do trabalho, no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo em Brasília (Cindacta-1), para receber auxílio psicológico.
"Esta situação, dentro de um contexto onde o número de profissionais estava exato em relação à demanda, fez com que o efetivo disponível não fosse o suficiente para atender as necessidades do controle de tráfego na área do Cindacta-1, onde o volume de aeronaves era muito grande. Este cenário desencadeou uma situação na qual o sistema de controle não apresentava condições de atender satisfatoriamente o fluxo de aeronaves no espaço aéreo, o que, aliado a outros fatores conjunturais, resultou em atrasos, retenções e cancelamentos de vôos, sem comprometer a segurança das operações aéreas".
Algumas medidas para conter a crise, segundo a Aeronáutica, foram adotadas, entre elas, contratação e treinamento de controladores na reserva, realização de concurso para 64 controladores civis e abertura de duas novas turmas de formação de controladores militares, com 160 vagas cada. Os 17 radares do sistema de controle do espaço aéreo, informou a Aeronáutica, estão sendo modernizados e uma central de comunicação reserva foi instalada no Cindacta-1.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/205184/visualizar/
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