Termina seqüestro na Zona Norte

O carroceiro que ameaçava com facões a mulher e cinco filhos desde a manhã desta sexta-feira (28), na Zona Norte de São Paulo, libertou os reféns às 18h20.

Segundo a polícia, os filhos e a mulher do homem foram liberados após ele ter largado um facão de cortar cana e outra faca de cerca de 30 cm com os quais ameaçava o grupo. Segundo o capitão Adriano Giovaninni, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), por volta das 7h, amigos teriam chamado o carroceiro para trabalhar, mas e ele não saiu. Desde então, a família ficou trancada. Os vizinhos estranharam e decidiram acionar a polícia por volta das 14h.

Segundo vizinhos, o casal tem três filhos juntos: um menino de 2 anos e dois meninos gêmeos de 4 anos. Além deles, outras duas filhas da mulher do carroceiro com outro marido também foram feitas reféns. Uma com 7 e outra com 13 anos. Moram na casa ainda outros três filhos da mulher com outros maridos: um menino e uma menina de 15 anos e uma outra menina de 10 anos. Esses últimos não estavam na casa durante o seqüestro.

Uma vizinha do carroceiro, identificada até o momento apenas como Fátima, entrou na casa e ajudou a polícia nas negociações. Uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar fechou a rua no início da tarde para negociar com o carroceiro. Segundo Giovaninni, a negociação foi tranqüila, mas difícil. “Era difícil conversar com ele, pois não havia um diálogo. Ele olhava com um olhar meio vazio, mas não falava nada”, afirmou o capitão. Ninguém ficou ferido.

A polícia informou ainda que o carroceiro usava medicamento controlado, de tarja preta, para evitar crises nervosas e que no início do dia havia bebido uma garrafa de cerveja. Por volta das 18h40, ele já havia sido medicado e passava bem. O homem não havia dito ainda o motivo que o levou a fazer a própria família refém, mas a polícia acredita que ele tenha tido uma reação à combinação de medicamentos e bebida alcoólica.