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Sexta - 28 de Setembro de 2007 às 18:09

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O município de Nova Marilândia, a 261 quilômetros de Cuiabá, recebe nos próximos dias 03 e 04 de outubro, das 8 às 22 horas, a exposição Êxodos “A Humanidade em Transição” do renomado fotógrafo Sebastião Salgado. A exposição, que poderá ser apreciada por todos no Centro de Eventos Sociais da cidade, está sendo trazida para o Estado pela Perdigão, em comemoração ao segundo ano de instalação da empresa em Mato Grosso. A exposição abre o IV Festival de Cultura de Nova Marilândia, evento tradicional no município.

Em Êxodos, o fotógrafo Sebastião Salgado documentou a situação de milhões de refugiados, migrantes e destituídos do mundo, em 41 países durante quase sete anos. "Espero que tanto como indivíduos, grupos ou uma sociedade, façamos uma pausa para pensar na condição humana na virada do milênio. Na sua forma mais brutal, o individualismo continua sendo uma fórmula para catástrofes. É preciso repensar a forma como coexistimos no mundo." (trecho retirado da obra).

O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado é um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade. Nomeado como Representante Especial do UNICEF em 3 de abril de 2001, dedicou-se a fazer crônicas sobre a vida das pessoas excluídas, trabalho que resultou na publicação de 10 livros e realização de várias exposições, tendo recebido vários prêmios e homenagens na Europa e no continente americano. "Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair" diz Sebastião Salgado.

Trajetória - Formado em Economia, Sebastião Salgado, começou a trabalhar com fotografia em 1973. Seu primeiro livro, Outras Américas, sobre os pobres na América Latina, foi publicado em 1986. Na seqüência, publicou Sahel: O Homem em Pânico (também publicado em 1986), resultado de uma longa colaboração de 15 meses com a ONG Médicos sem Fronteiras cobrindo a seca no Norte da África. Entre 1986 e 1992, ele concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o mundo, publicada e exibida sob o nome Trabalhadores, um feito monumental que confirmou sua reputação como foto documentarista de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e aclamados internacionalmente.

Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional.Com sua mulher, Lélia Wanick Salgado, apóia atualmente um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais.

Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado montou uma exposição no Escritório das Nações Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de sua obra Retratos de Crianças do Êxodo. Essas impressionantes fotografias prestam solene testemunho a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas crianças e mulheres, que não têm uma residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF, Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento Global pela Criança e para ilustrar um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um relatório dela de 1996, como Representante Especial das Nações Unidas sobre o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em um projeto conjunto do UNICEF e da OMS, ele está documentando uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite.

Sebastião Salgado vive em Paris, França, com sua família. Sua mulher, Lélia Wanick Salgado, dirige sua companhia, Amazonas Imagens, e é responsável pela concepção e design de seus principais livros e exposições.




Fonte: Assessoria/AMM

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