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Ameaça no Orkut faz escola instalar detector de metais
Uma escola particular de João Pessoa, na Paraíba, instalou detectores de metais depois de receber uma ameaça virtual. Em uma página no site de relacionamentos Orkut, um jovem, vestido com o uniforme da instituição e segurando duas armas, afirmava ser vítima de bullying (intimidação na escola) e, de forma velada, dizia que seria violento para resolver o problema, inclusive usando armas de calibre pesado. A ameaça tinha até data para acontecer: terça-feira (25).
O caso foi parar na polícia e nesta quarta-feira (26) um aluno confessou à direção pedagógica da escola ser o autor das ameaças.
De acordo com o diretor da escola, Karamuh Martins, o aluno avisou por e-mail que estava arrependido do ato. "Ele se identificou, avisou que tinha jogado as armas e o capuz no Rio Jaguaribe e contou que as armas eram de brinquedo", afirmou. "O aluno agora vai se afastar da escola e o caso está nas mãos da Justiça."
No episódio, a escola teve a segurança reforçada, detectores de metais foram instalados nas portas e policiais à paisana foram infiltrados no colégio para observar o comportamento dos alunos. Segundo Sônia Maria Figueiredo dos Santos Lima, vice-diretora e coordenadora pedagógica do colégio, 20% dos estudantes faltaram às aulas nessa terça, sendo que o índice de faltosos não costuma ultrapassar 3%. A ameaça não se concetrizou.
"As faltas são normais porque a preocupação dos pais existe, eles têm todo o direito e precisam se assegurar", disse Sônia, em entrevista ao G1 por telefone.
Almir Serrano, 49, pai de um aluno do colégio, disse que seu filho chegou em casa e comentou as ameaças do Orkut. "A preocupação foi imediata, principalmente por causa da violência que vemos diariamente na televisão. Procurei a escola e quis saber quais providências seriam tomadas", disse.
O pai concordou com a atitude do colégio em passar o caso para a polícia e colocar detectores de metal na porta. "Não vejo constrangimento nenhum. Qualquer medida que seja tomada para garantir a integridade física de alunos e funcionários será muito bem-vinda", disse ele, que paga cerca de R$ 500 de mensalidade.
Bullying escolar
De acordo com Sônia, as ameaças do jovem começaram com cartas anônimas, que pediam que a escola fizesse um trabalho sobre bullying com os estudantes. "Não é nosso costume atender a pedidos de cartas anônimas, mas, como traria benefícios para os nossos alunos, resolvemos prestar esclarecimentos sobre o assunto", disse Sônia.
Em um dos relatos em uma página do Orkut, que foi retirada do ar, o jovem diz que o bullying toma conta da instituição e que é "insuportável a falta de respeito entre colegas que se dizem amigos". Em outro caso, numa comunidade, o jovem afirma que fez uma proposta à escola, mas que ela não foi colocada em prática. "Se o colégio não cumprir o que informei, irei recorrer a [sic] violência sob qualquer circunstância (...). Possuímos armas automáticas e semi-automáticas e pistolas .45 que estaremos prontos para usar caso o projeto não for [sic] colocado em prática urgente".
Os profissionais da escola passaram de sala em sala explicando o conceito de bullying e fizeram apelos para que a pessoa que se sentisse constrangida procurasse a direção. A diretoria tomaria as providências necessárias.
"Tudo foi feito de forma pedagógica e educativa, porque esclarecer essa questão era um benefício. Mas a pessoa começou a fazer ameaças por e-mail. Eu queria que ele indicasse nomes, procurasse um psicólogo, fizesse um tratamento, mas não tive êxito. A partir daí, pedimos ajuda à polícia", contou.
Não há mais risco
Segundo Airton Ferraz, secretário adjunto da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Paraíba, esta é a primeira vez que um caso desse tipo chega à polícia.
"O jovem que fez as ameaças disse que teve essa reação porque estava sendo vítima de bullying pelos colegas da escola", disse Ferraz. De acordo com o secretário, o inquérito deverá ser concluído em dez dias e será encaminhado para o Ministério Público Estadual, que avaliará o que deve ser feito.
O caso foi parar na polícia e nesta quarta-feira (26) um aluno confessou à direção pedagógica da escola ser o autor das ameaças.
De acordo com o diretor da escola, Karamuh Martins, o aluno avisou por e-mail que estava arrependido do ato. "Ele se identificou, avisou que tinha jogado as armas e o capuz no Rio Jaguaribe e contou que as armas eram de brinquedo", afirmou. "O aluno agora vai se afastar da escola e o caso está nas mãos da Justiça."
No episódio, a escola teve a segurança reforçada, detectores de metais foram instalados nas portas e policiais à paisana foram infiltrados no colégio para observar o comportamento dos alunos. Segundo Sônia Maria Figueiredo dos Santos Lima, vice-diretora e coordenadora pedagógica do colégio, 20% dos estudantes faltaram às aulas nessa terça, sendo que o índice de faltosos não costuma ultrapassar 3%. A ameaça não se concetrizou.
"As faltas são normais porque a preocupação dos pais existe, eles têm todo o direito e precisam se assegurar", disse Sônia, em entrevista ao G1 por telefone.
Almir Serrano, 49, pai de um aluno do colégio, disse que seu filho chegou em casa e comentou as ameaças do Orkut. "A preocupação foi imediata, principalmente por causa da violência que vemos diariamente na televisão. Procurei a escola e quis saber quais providências seriam tomadas", disse.
O pai concordou com a atitude do colégio em passar o caso para a polícia e colocar detectores de metal na porta. "Não vejo constrangimento nenhum. Qualquer medida que seja tomada para garantir a integridade física de alunos e funcionários será muito bem-vinda", disse ele, que paga cerca de R$ 500 de mensalidade.
Bullying escolar
De acordo com Sônia, as ameaças do jovem começaram com cartas anônimas, que pediam que a escola fizesse um trabalho sobre bullying com os estudantes. "Não é nosso costume atender a pedidos de cartas anônimas, mas, como traria benefícios para os nossos alunos, resolvemos prestar esclarecimentos sobre o assunto", disse Sônia.
Em um dos relatos em uma página do Orkut, que foi retirada do ar, o jovem diz que o bullying toma conta da instituição e que é "insuportável a falta de respeito entre colegas que se dizem amigos". Em outro caso, numa comunidade, o jovem afirma que fez uma proposta à escola, mas que ela não foi colocada em prática. "Se o colégio não cumprir o que informei, irei recorrer a [sic] violência sob qualquer circunstância (...). Possuímos armas automáticas e semi-automáticas e pistolas .45 que estaremos prontos para usar caso o projeto não for [sic] colocado em prática urgente".
Os profissionais da escola passaram de sala em sala explicando o conceito de bullying e fizeram apelos para que a pessoa que se sentisse constrangida procurasse a direção. A diretoria tomaria as providências necessárias.
"Tudo foi feito de forma pedagógica e educativa, porque esclarecer essa questão era um benefício. Mas a pessoa começou a fazer ameaças por e-mail. Eu queria que ele indicasse nomes, procurasse um psicólogo, fizesse um tratamento, mas não tive êxito. A partir daí, pedimos ajuda à polícia", contou.
Não há mais risco
Segundo Airton Ferraz, secretário adjunto da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Paraíba, esta é a primeira vez que um caso desse tipo chega à polícia.
"O jovem que fez as ameaças disse que teve essa reação porque estava sendo vítima de bullying pelos colegas da escola", disse Ferraz. De acordo com o secretário, o inquérito deverá ser concluído em dez dias e será encaminhado para o Ministério Público Estadual, que avaliará o que deve ser feito.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/205534/visualizar/
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