Filhos são denunciado pelos maus-tratos contra os idosos
O presidente do Comdipi, Luiz Roberto da Costa, explica que a legislação específica foi regulamentada em 2003 trazendo proteção, mas ainda não "pegou", por falta de fiscalização do poder público e empenho da própria população, em respeitar. Os jovens de hoje preferem ignorar que um dia ficarão velhos, por isso é possível acompanhar todo tipo de desrespeito, em casa ou em situações cotidianas na rua. "As pessoas não têm paciência para falar com eles, explicar uma operação bancária, por exemplo. No ônibus, sentam nas cadeiras reservadas, deixando-os de pé ou o próprio motorista não pára junto ao meio-fio da rua, o que dificuldade a entrada".
Apesar de assustarem, os números ainda não refletem a realidade. A maioria dos casos não aparece, pois o idoso tem medo de denunciar o agressor. Sem ter para onde ir, já que são raras as instituições de abrigo, ele prefere continuar convivendo com a família que o despreza, insulta e até bate. "A gente já acompanhou situações em que o idoso surge de olho roxo ou com sinais evidentes de violência, geralmente um vizinho liga para prestar queixa. Mas na hora da apuração dos fatos, a vítima nega, diz que caiu em casa, bateu cabeça, que não foi nada".
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