Juiz condena 2 por tráfico internacional de mullheres
Blanco foi preso pela Polícia Federal em abril deste ano quando tentava embarcar para Madri com a brasileira E.G.S, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. Sigarini, que é estudante de direito em Cuiabá, foi preso em maio. Os dois condenados e mais dois acusados já eram monitorados pela PF desde fevereiro, por meio de interceptações telefônicas. Além dos dois, também respondem pelos mesmos crimes os brasileiros Fernando de Oliveira Rodrigues e Clesimar Marsol Santana que, por terem sido presos na Espanha, tiveram o processo desmembrado.
O juiz federal Julier Sebastião da Silva, que deu a sentença ontem, relata que são inúmeros os contatos telefônicos de Blanco com os demais membros da quadrilha e com possíveis mulheres interessadas em serem levadas para a Espanha para trabalharem como prostitutas. "Detalhes dos aliciamentos, financiamentos das ações delitivas e viagens das mulheres aliciadas são revelados pelos acusados nos diálogos interceptados, restando claros os papéis de cada um dos membros da associação criminosa".
No período em que esteve em Cuiabá, o espanhol hospedou-se em um hotel, onde fez diversos contatos com mulheres, tentando convencê-las de trabalharem na Espanha. Teve o auxílio de Cleberson. De acordo com a denúncia, na Espanha a dupla era auxiliada por Cleusimar Marsol, brasileira naturalizada espanhola, que facilitava o ingresso das mulheres aliciadas. O brasileiro Fernando de Oliveira era responsável pela demanda das remessas das mulheres àquela região e um dos financiadores das atividades ilícitas junto com uma quinta pessoa, um equatoriano que também vive na Espanha, identificado como "Lênin".
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