Indicador antecedente da Fiesp aponta setembro positivo para a indústria paulista

SÃO PAULO - As sinalizações da indústria paulista durante este mês indicam que o desempenho da atividade do setor deve apresentar números positivos em setembro. A pesquisa Sensor, realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) neste mês junto a 30 empresas de grande porte com operação no país, apontou em setembro 53,6 pontos, com evolução perante o mês de agosto (52,4 pontos), embora pouco abaixo do patamar de setembro do ano passado (53,8 pontos).

Esperamos bom desempenho para o Indicador do Nível de Atividade (INA) de setembro. Não deve haver números negativos, diz Paulo Francini, diretor do Departamento de Economia da (Fiesp). Conforme dados divulgados hoje, o INA do mês de agosto subiu 4,5% perante julho e se manteve estável em termos ajustados sazonalmente.

Das cinco variáveis consideradas no Sensor sobre a performance industrial, três apresentaram elevação em relação a agosto. No questionamento sobre as condições de mercado, 77,8% dos entrevistados sinalizaram crescimento e 22,2% viram estabilidade. Em agosto essa proporção estava em 44,4% para crescimento e 55,6% de respostas indicando estabilidade.

No quesito vendas também houve melhora de avaliação. Para 66,7% dos empresários questionados houve crescimento das vendas, enquanto 33,3% observaram estabilidade. No mês anterior, essas perspectivas eram de 55,6% e 33,3% respectivamente, com 11,1% de entrevistados reportando queda das vendas.

As percepções sobre emprego neste mês também se elevaram. Entre os que sinalizaram crescimento das contratações no setor em que atuam, a fatia passou de 11,1% em agosto para 44,4% neste mês. Entre os que indicaram estabilidade houve redução de 66,7% para 44,4%.

Duas variáveis, entretanto, apresentaram ligeira piora de agosto para setembro: o comportamento dos estoques e dos investimentos. Quando instados a avaliar as condições de estoques neste mês, 22,2% viram recuo e 55,6% reportaram aumento dos estoques. Sobre os investimentos, 11,1% mencionaram queda, 22,2% responderam com alta e 66,7% indicaram estabilidade. No mês de agosto nenhuma das empresas entrevistadas havia mencionado recuo de investimentos.