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Internacional
Terça - 25 de Setembro de 2007 às 20:17

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "o Irã não cometeu nenhum crime contra toda a orientação da ONU com relação a arma nuclear" e que o país não merece "ser punido antecipadamente".

O comentário do presidente foi uma resposta à pergunta da BBC Brasil sobre qual a postura brasileira quanto à proposta de ampliação de sanções contra os iranianos - defendida pelo presidente americano, George W. Bush, e pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Lula, que realizou o discurso de abertura da Assembléia Geral da ONU, se encontrou na segunda-feira com Bush e se reuniu com Sarkozy nesta terça-feira. Em relação à possibilidade de as sanções contra o Irã serem intensificadas, Lula afirmou: "Sou um homem que acredita nas negociações. Ninguém deve ser punido antecipadamente".

O presidente comentou que "se ele (o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad) quer enriquecer urânio, tratar a questão nuclear como uma coisa pacífica, como o Brasil faz, é um direito do Irã".

Mas acrescentou: "Agora, todos nós, o Brasil, o Irã e qualquer outro país estamos subordianados às orientações das Nações Unidas." Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que não julgava a ampliação de sanções contra o Irã oportunas neste momento. Segundo notícia publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, o presidente Ahmadinejad, que deverá ir à Venezuela e à Bolívia nesta semana, pretendia no caminho desembarcar em Brasília.

Mas o Itamaraty teria negado o pedido, alegando impossibilidade de concilar a agenda do iraniano com a do presidente Lula. Na agenda do brasileiro, já está marcado um encontro com o presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, que visita o Brasil na quinta-feira. Ahamdinejad havia proposto a Lula a realização de visitas recíprocas, durante a posse do presidente do Equador, Rafael Correa, em janeiro deste ano. Diante de perguntas da imprensa brasileiras sobre assuntos domésticos, o presidente Lula desconversou e brincou com a jornalista que fez uma pergunta sobre a ameaça do PMDB em não votar a prorrogação da CPMF.

O partido teria ficado descontente com supostas manobras da ministra da Casa Civil, Dilma Rouseff, com o objetivo de indicar petistas para a Petrobras. E, por conta disso, teria tentado emperrar a votação, marcada inicialmente para esta terça. Lula abraçou a repórter, abriu um sorriso e afirmou: "Tenho que chegar ao Brasil para ver o que está acontecendo, para poder opinar. Porque, senão, em política, uma palavra equivocada, traz tanto transtorno que, depois, nem um ditado completo resolve."




Fonte: BBC Brasil

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