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Lula se diz convencido de que Doha será relançada neste ano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, em Nova York, estar confiante de que um acordo para destravar as negociações da Rodada Doha possa ser alcançado ainda neste ano.
"Estou convencido que ainda este ano poderemos fechar este acordo para a felicidade de todos nós", afirmou Lula, após fazer o discurso de abertura da Assembléia-Geral das Organização das Nações Unidas (ONU).
"Estamos mais perto de uma negociação do que em qualquer outro momento histórico", disse o presidente, referindo-se ao possível relançamento da rodada negociações multilaterais de comércio, no âmbito da OMC, lançada em Doha, no Catar, em 2001.
Lula definiu como "promissora" a reunião que teve com o presidente americano, George W. Bush, na segunda-feira. Segundo ele, já houve "uma mudança no comportamemto do presidente Bush".
"Os Estados Unidos estão definitivamente com a disposição de flexibilizar na questão dos subsídios [agrícolas] para que haja um acordo."
No encontro entre os dois presidentes, Bush acenou com a possibilidade de redução dos subsídios que os americanos oferecem ao seu setor agrícola.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, essa redução ficaria na faixa dos US$ 13 a US$ 16,5 bilhões, acatando uma recomendação feita pela OMC.
Indagado sobre o que os Estados Unidos esperam do Brasil, em contrapartida, Lula riu e afirmou que existe "um tripé de desejos e aspirações que estão na mesa de negociação, avançando a cada dia que passa".
O presidente lembrou as reivindicações dos principais envolvidos nas negociações, dizendo que cada um exige flexibilidade das outras partes.
Os países mais pobres, disse Lula, querem acesso ao mercado agrícola europeu; os europeus, por sua vez, querem que o G-20 (grupo de países em desenvolvimento, incluindo o Brasil) flexibilize sua posição em relação aos produtos industriais. Brasil e EUA, continuou, querem que o mercado agrícola europeu seja mais flexibilizado.
"E todos querem que o Brasil flexibilize nos produtos industriais", concluiu.
Segundo o presidente, todos os países envolvidos precisam chegar a um "número" de consenso e esse número "já está caminhando".
Por outro lado o presidente reconheceu que "ainda vai ter um pouco de dificuldade porque ninguém quer ceder".
Lula achou graça numa pergunta que lhe fizeram sobre se a obtenção de um acordo dependia de uma troca de comando na Casa Branca do republicano Bush para a democrata Hillary Clinton, que deverá disputar as eleições de 2008.
"Eu espero que o acordo não espere as eleições americanas. Aliás, o mundo não pode esperar as eleições americanas. Estou convencido de que o povo americano e o governo americano sabem que o mundo precisa desse acordo."
"Estou convencido que ainda este ano poderemos fechar este acordo para a felicidade de todos nós", afirmou Lula, após fazer o discurso de abertura da Assembléia-Geral das Organização das Nações Unidas (ONU).
"Estamos mais perto de uma negociação do que em qualquer outro momento histórico", disse o presidente, referindo-se ao possível relançamento da rodada negociações multilaterais de comércio, no âmbito da OMC, lançada em Doha, no Catar, em 2001.
Lula definiu como "promissora" a reunião que teve com o presidente americano, George W. Bush, na segunda-feira. Segundo ele, já houve "uma mudança no comportamemto do presidente Bush".
"Os Estados Unidos estão definitivamente com a disposição de flexibilizar na questão dos subsídios [agrícolas] para que haja um acordo."
No encontro entre os dois presidentes, Bush acenou com a possibilidade de redução dos subsídios que os americanos oferecem ao seu setor agrícola.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, essa redução ficaria na faixa dos US$ 13 a US$ 16,5 bilhões, acatando uma recomendação feita pela OMC.
Indagado sobre o que os Estados Unidos esperam do Brasil, em contrapartida, Lula riu e afirmou que existe "um tripé de desejos e aspirações que estão na mesa de negociação, avançando a cada dia que passa".
O presidente lembrou as reivindicações dos principais envolvidos nas negociações, dizendo que cada um exige flexibilidade das outras partes.
Os países mais pobres, disse Lula, querem acesso ao mercado agrícola europeu; os europeus, por sua vez, querem que o G-20 (grupo de países em desenvolvimento, incluindo o Brasil) flexibilize sua posição em relação aos produtos industriais. Brasil e EUA, continuou, querem que o mercado agrícola europeu seja mais flexibilizado.
"E todos querem que o Brasil flexibilize nos produtos industriais", concluiu.
Segundo o presidente, todos os países envolvidos precisam chegar a um "número" de consenso e esse número "já está caminhando".
Por outro lado o presidente reconheceu que "ainda vai ter um pouco de dificuldade porque ninguém quer ceder".
Lula achou graça numa pergunta que lhe fizeram sobre se a obtenção de um acordo dependia de uma troca de comando na Casa Branca do republicano Bush para a democrata Hillary Clinton, que deverá disputar as eleições de 2008.
"Eu espero que o acordo não espere as eleições americanas. Aliás, o mundo não pode esperar as eleições americanas. Estou convencido de que o povo americano e o governo americano sabem que o mundo precisa desse acordo."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/205746/visualizar/
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