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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 25 de Setembro de 2007 às 10:27

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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um discurso focado na questão ambiental em sua fala na abertura da 62ª Assembléia Geral da ONU, na manhã desta terça-feira (25) em Nova York, nos Estados Unidos. v "O mundo não modificará sua relação irresponsável com a natureza sem modificar a relação com o desenvolvimento e a repartição das riquezas", afirmou Lula, relacionando o consumo (principalmente dos países ricos e industrializados) à produção de bens que geram poluição (principalmente os gases do efeito estufa).

"Não nos iludamos: se o modelo de desenvolvimento global não for repensado, crescerá o nível de uma catástrofe humana", afirmou o presidente brasileiro.

Em seu discurso, minuciosamente discutido com assessores e diplomatas brasileiros na tarde de ontem, Lula disse que cada país deve assumir sua responsabilidade. "Cada um de nós deve assumir nossa parte nessa tarefa. Os países mais industrializados devem dar o exemplo. Têm que fazer o que assumiram em Kyoto. Mas isso não basta. Precisamos de metas mais severas", afirmou Lula.

Países em desenvolvimento também deve assumir responsabilidades, diz Lula.

"Também os países em desenvolvimento devem participar do debate sobre mudanças climáticas. O Brasil lançará em breve seu plano nacional de mudanças climáticas. A floresta amazônica pode sofrer demais com as mudanças. O Brasil tem feito esforços notáveis para diminuir os impactos. Basta dizer que nos últimos anos reduzimos pela metade o desmatamento da Amazônia. E isso não é pouco", afirmou.

Lula continua seu discurso na abertura da 62ª Assembléia Geral da ONU falando sobre a cooperação entre os países do hemisfério Sul.

"Estou seguro de que nossa experiência no tema (ambiental) pode ser útil a outros países. Devemos aumentar a cooperação Sul-Sul. Assim, daremos sentido completo ao princípio do debate e integração política. O Brasil sediou a Rio-92. E proponho a realização da Rio+20. Não haverá solução das terriveis efeitos das mudanças dimáticas sem mudar o modo como produzimos as mercadorias."

"Os biocombustíveis são uma opção. O etanol e o biodisel podem oferecer muitas oportunidades a países emergentes, podem gerar emprego e renda e favorecer a agricultura familiar, além de equilibrar a balança comercial."

Lula disse que o goveno brasileiro fez um estudo para definir em quais áreas é possível plantar cana. "O Brasil pretende organizar em 2008 uma conferência sobre biocombustíveis. Faço um convite a todos os países para que participem."

A seguir, Lula passou a elencar dados positivos sobre a economia brasileira.

"O país voltou a crescer, criando empregos. Ao mesmo tempo em que resgatamos uma dívida secular, investimos em educação, honramos o programa do Fome Zero. Com 10 anos de antecedência, superamos a primeira das metas do milênio. O combate à fome e à pobreza devem ser preocupação de todos os povos. Não haverá paz duradoura sem o progresso para reduzir a desigualdade", afirmou Lula, ecoando as palavras ditas minutos antes por Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU.





Fonte: G1

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