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Mineradoras querem fim do monopólio estatal em urânio
Representantes de grandes mineradoras brasileiras que atuam no Brasil defenderam hoje que as companhias privadas tenham autorização para explorar urânio no País. Em um debate durante o 12º Congresso Brasileiro de Mineração, o presidente da CVRD Inco, Murilo Ferreira, disse que a companhia teria interesse em começar a exploração em território brasileiro.
"A Vale [do Rio Doce] já iniciou a exploração do mineral no Canadá, com boas perspectivas", disse. Pela constituição de 1988, toda a exploração de urânio é controlada pela estatal Indústrias Nucleares Brasileiras (INB).
O presidente da Yamana Gold, Antenor Firmino da Silva, afirmou "que não vê qualquer sentido no monopólio". Em junho deste ano, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) encaminhou ao Congresso uma proposta de flexibilização da exploração dos minerais e minérios radioativos, a exemplo do que ocorreu com o setor de petróleo e gás.
A expectativa, segundo o presidente do Ibram, Paulo Camillo Penna, é que a iniciativa privada seja autorizada a realizar o levantamento geológico e a exploração, sendo que a comercialização seria feita pela INB. Os recursos captados com a venda para o exterior poderiam ser utilizados para financiar o programa nuclear brasileiro. Ele afirmou que já está em estudo pelo Ministério das Minas e Energia a possibilidade de mineração de urânio encontrado junto a uma jazida de fosfato no Estado do Ceará.
Produção
De acordo com dados do Ibram, o Brasil é o décimo segundo maior produtor de urânio do mundo, com cerca de 360 toneladas/ano (concentrado). A produção atende atualmente à demanda das usinas nucleares brasileiras de Angra I e II. Porém, segundo Camillo Penna, o país já possui a 6ª maior reserva mundial (309 mil toneladas), sendo que os levantamentos realizados abrangem apenas 30% do território brasileiro. As principais reservas estão localizadas nos Estados da Bahia e Ceará.
A estimativa do Ibram é de que, com a participação da iniciativa privada, o País passaria para o terceiro maior produtor. "Hoje, se o Brasil tivesse as oito usinas nucleares em operação (incluindo as sete previstas no acordo com a Alemanha), utilizaria apenas 30% do que tem durante 60 anos e exportaria o excedente", afirmou.
Tecnologia
O obstáculo, de acordo com ele, é que o País não domina a tecnologia de enriquecimento do mineral. "Falta capital para investir em tecnologia". Ele ressalta a valorização do produto no mercado internacional, que saltou do patamar de US$ 12 por libra peso em 2004 para o patamar de US$ 122/libra peso em julho deste ano.
"O urânio não é mais um minério estatal, é uma commodity", defende o presidente do Ibram. A demanda mundial pelo mineral é de 67 mil toneladas/ano. A proposta de flexibilização, de acordo com ele, está sendo analisada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
"A Vale [do Rio Doce] já iniciou a exploração do mineral no Canadá, com boas perspectivas", disse. Pela constituição de 1988, toda a exploração de urânio é controlada pela estatal Indústrias Nucleares Brasileiras (INB).
O presidente da Yamana Gold, Antenor Firmino da Silva, afirmou "que não vê qualquer sentido no monopólio". Em junho deste ano, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) encaminhou ao Congresso uma proposta de flexibilização da exploração dos minerais e minérios radioativos, a exemplo do que ocorreu com o setor de petróleo e gás.
A expectativa, segundo o presidente do Ibram, Paulo Camillo Penna, é que a iniciativa privada seja autorizada a realizar o levantamento geológico e a exploração, sendo que a comercialização seria feita pela INB. Os recursos captados com a venda para o exterior poderiam ser utilizados para financiar o programa nuclear brasileiro. Ele afirmou que já está em estudo pelo Ministério das Minas e Energia a possibilidade de mineração de urânio encontrado junto a uma jazida de fosfato no Estado do Ceará.
Produção
De acordo com dados do Ibram, o Brasil é o décimo segundo maior produtor de urânio do mundo, com cerca de 360 toneladas/ano (concentrado). A produção atende atualmente à demanda das usinas nucleares brasileiras de Angra I e II. Porém, segundo Camillo Penna, o país já possui a 6ª maior reserva mundial (309 mil toneladas), sendo que os levantamentos realizados abrangem apenas 30% do território brasileiro. As principais reservas estão localizadas nos Estados da Bahia e Ceará.
A estimativa do Ibram é de que, com a participação da iniciativa privada, o País passaria para o terceiro maior produtor. "Hoje, se o Brasil tivesse as oito usinas nucleares em operação (incluindo as sete previstas no acordo com a Alemanha), utilizaria apenas 30% do que tem durante 60 anos e exportaria o excedente", afirmou.
Tecnologia
O obstáculo, de acordo com ele, é que o País não domina a tecnologia de enriquecimento do mineral. "Falta capital para investir em tecnologia". Ele ressalta a valorização do produto no mercado internacional, que saltou do patamar de US$ 12 por libra peso em 2004 para o patamar de US$ 122/libra peso em julho deste ano.
"O urânio não é mais um minério estatal, é uma commodity", defende o presidente do Ibram. A demanda mundial pelo mineral é de 67 mil toneladas/ano. A proposta de flexibilização, de acordo com ele, está sendo analisada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/205919/visualizar/
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