Preços de bens de luxo aumentam acima de inflação ao consumidor
Os preços dos bens de luxo aumentaram duas vezes mais rápido do que os preços ao consumidor neste ano, apontou um estudo, mostrando que o rico precisa gastar ainda mais para financiar seu perdulário estilo de vida.
O índice que mostra o custo de vida da camada mais rica (Clewi, na sigla em inglês) --elaborado pela Forbes e que mede o custo de uma cesta de bens de luxo-- subiu 6 por cento no ano até agosto, mais de duas vezes a taxa de inflação dos Estados Unidos.
"A moral da história é que, se você tem dinheiro e quer gastá-lo, você vai gastá-lo", disse Scott DeCarlo, da Forbes.
"Um consumidor normal pode desistir (da compra), mas se você for adquirir qualquer um destes itens, eu não acho que o custo da inflação terá algum efeito", acrescentou.
O índice teve crescimento duas vezes acima do ritmo da inflação ao consumidor nos últimos 30 anos.
O número de milionários e bilionários em todo o mundo está subindo rapidamente, e um estudo da Cap Gamini mostrou que eles detinham 37,2 trilhões de dólares no fim de 2006.
O aumento dos preços do petróleo e outras commodities, o saudável crescimento da economia global e a ascensão de uma nova classe média nas economias emergentes na Ásia e na Europa Oriental motivaram a demanda por bens de luxo, pressionando os preços para patamares nunca antes vistos.
Um morador de Xangai recentemente comprou uma bolsa de couro de crocodilo da Hermes por 1,6 milhão de iuanes (213 mil dólares, informou a marca em junho, equivalente a 65 vezes o salário médio anual da cidade.
O índice da Forbes mostrou uma alta de dois dígitos em vários itens.
O preço de um jantar para 40 pessoas no Ridgewells, em Bethesda, no Estado norte-americano de Maryland, aumentou em um terço, para 9.795 dólares, representando a maior alta do índice.
Outro exemplo foi o custo de um cavalo de corrida de um ano de idade, vendido por 710.214 mil dólares, alta de 14 por cento ante o ano anterior.
Um casaco de peles da marcar Maximilian é vendido a 225 mil dólares na Bloomingdale, alta de 18 por cento, enquanto uma cirurgia plástica facial na Academia Americana de Cirurgia Facial Plástica e Reconstrutiva aumentou 17 por cento, para 17 mil dólares.
Mas a taxa padrão para uma consulta com um psiquiatra no Upper East Side em Nova York não sofreu alterações e ainda custa 300 dólares a sessão de 45 minutos, uma luz no fim do túnel para quem está desesperado com o aumento dos preços.
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