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Internacional
Domingo - 23 de Setembro de 2007 às 23:59

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Paris, 23 set (EFE).- O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, afirmou hoje que em alguns países europeus há um "fenômeno imobiliário" suficientemente grande para que possa ser notado, mas não do mesmo tipo que o que causou a crise dos créditos hipotecários nos Estados Unidos.

Perguntado pela emissora de rádio francesa "Europe 1" sobre os riscos do mercado imobiliário espanhol, Trichet disse que, na posição de presidente do BCE, deve pensar nos 14 países da moeda única européia e tomar decisões para todos eles.

Ele evitou utilizar o termo "crise" para se referir à diminuição dos mercados ao comentar a situação do setor hipotecário nos Estados Unidos e preferiu falar de "uma correção grande que comporta momentos turbulentos" e precisa de decisões.

Trichet negou que as autoridades monetárias européias tenham estimulado a especulação e assegurou que o BCE tinha tomado "as decisões necessárias, mas também deverá tirar lições em todos os terrenos".

"Alguma coisa terá que ser alterada nas autoridades de vigilância bancária", embora não necessariamente chegar a um regulador único na Europa. E também são necessárias mudanças em questões como a transparência e o funcionamento dos fundos especulativos, argumentou.

O presidente do BCE lembrou que na economia de mercado as pessoas correm riscos e que eles às vezes se materializam. "Nesse contexto, nossa função é que eles estejam os mais controlados possíveis".

Sobre se o setor automobilístico poderia ser o próximo atingido pela crise nos Estados Unidos por causa dos créditos que concedeu, Trichet comentou o fenômeno pelo qual os bancos tiraram seus créditos do mercado e advertiu que é possível que essa incitação aos investidores "possa criar problemas".

O presidente do BCE admitiu ainda desajustes nas taxas de câmbio entre as principais divisas mundiais, mas ressaltou que em um sistema flutuante essas questões não se resolvem facilmente.

"É um problema que não se soluciona com um toque de varinha mágica", afirmou Trichet em resposta às críticas recebidas, principalmente da França, pelo nível elevado do euro frente a outras moedas.




Fonte: EFE

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