Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Domingo - 23 de Setembro de 2007 às 10:03

    Imprimir


Para quem não resiste a uma pulada de cerca, aí vai uma boa notícia: a exclusividade sexual está com os dias contatos. É nisso que acredita a sexóloga Regina Navarro Lins, que aborda o assunto em “Fidelidade Obrigatória e Outras Deslealdades”, livro escrito a quatro mãos com o marido Flávio Braga, lançado na Bienal do Livro do Rio.

“Todo mundo faz pacto de exclusividade e todo mundo transa fora do casamento. Todo mundo tem vontade de variar, sentir outro cheiro, outro toque, e ninguém diz isso”, sentencia Regina. Para ela, o sentimento de culpa em relação à fidelidade obrigatória mina as relações ao longo dos anos. “Ninguém é obrigado a ter relação extraconjugal, mas ninguém pode te impor isso”, completa.

O assunto ainda é polêmico. Se, por um lado, há maridos traídos ganhando indenizações das mulheres na justiça, a infidelidade ganhou espaço para discussão até no Congresso Nacional. No episódio Mônica Veloso (a jornalista com quem o presidente do Senado teve uma filha fora do casamento), a mulher oficial de Renan Calheiros não se fez de rogada. Verônica Calheiros permaneceu firme ao lado do marido e já estaria providenciando uma herdeira com o senador.

“Se você perguntar hoje, a maioria vai querer exclusividade. Mas se antes eram 100%, hoje são 80%. A tendência é o jogo virar daqui a um tempo”, aposta Regina.

Segundo a sexóloga, não é preciso enganar o parceiro nem optar por um relacionamento totalmente aberto para garantir o direito de se relacionar com outras pessoas. Entre opções cada vez mais comuns estão, de acordo com ela, a prática do suingue e do sexo a três.

“O importante é ser desejado e amado. O que o outro faz quando não está com você não lhe diz respeito. Aos poucos o amor romântico vai dar lugar à busca pela individualidade”, diz.

“Sou fiel”, diz Bruna Surfistinha

Motivo de muitas infidelidades, a ex-garota de programa Rachel Pacheco, que ganhou fama sob o pseudônimo de Bruna Surfistinha, acredita que homens e mulheres traem com a mesma freqüência.

“Hoje as pessoas encaram isso com mais naturalidade. No tempo da minha avó, era feio a mulher ser divorciada (na época as mulheres eram desquitadas, não havia divórcio no Brail). Então, nem se tocava no assunto”, teoriza. Ela garante: “sou fiel”.

Casado há 17 anos, o funcionário público Antonio Carlos Trojan, concorda. “Antes, a mulher dependia financeiramente do homem. Hoje ela é emancipada e se ele pisa na bola, manda o marido às favas”.

“Antigamente a infidelidade do homem era permitida e ele tinha que ter amantes. Hoje, ele é até capaz de perdoar uma mulher que o trai e ela tolera menos a traição”, acrescenta a esposa Valeriana Trojan.




Fonte: G1

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/206114/visualizar/