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Internacional
Sábado - 22 de Setembro de 2007 às 21:12

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Paris, 22 set (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu hoje a reunião organizada para a próxima semana sobre a mudança climática e ressaltou que o que falta para combater este problema é vontade política.

Em entrevista ao jornal "Le Journal du Dimanche", Ban disse que os países têm os recursos, as inovações tecnológicas e o financiamento, o que resta é a vontade política.

Sobre a reunião da próxima semana em Nova York, o secretário-geral explicou que, antes da negociação oficial que começará em Bali, em dezembro, queria "reforçar a tomada de consciência e ressaltar a urgência do tema para que os 150 países que estarão presentes possam mostrar sua vontade política e seus compromissos".

Ban afirmou que as negociações de Bali "deverão levar em conta que os objetivos fixados pelo Protocolo de Kioto - sobre a redução de emissões de gases, principais causadores do efeito estufa - eram modestos".

"O novo acordo deverá aumentar a redução de emissões nos países industrializados e criar estímulos para os países em desenvolvimento que permitiram desacelerar o crescimento dessas emissões. Também será necessário um acordo para levar em conta as adaptações à tecnologia e todos os outros aspectos", argumentou.

Ban disse que é preciso assegurar que seja alcançado um compromisso em conjunto "até 2009, para que não haja um vazio quando o Protocolo de Kioto chegar ao fim, em 2012".

Perguntado se não teme a oposição dos Estados Unidos, que não ratificou o Protocolo de Kioto, Ban Ki-moon respondeu que o país reconheceu que o aquecimento global é um tema que deve ser abordado na ONU e acolhe as discussões sobre a questão, o que interpretou como "um passo positivo".

Ele afirmou que "todos os países, Estados Unidos, e também China e Índia, reconhecem que (a mudança climática) é um tema mundial que requer soluções mundiais".

Ban lembrou que "a comunidade internacional já começou a sentir seriamente os impactos negativos (do aquecimento global) e deve fazer algo, aplicando uma resposta apropriada".

Especialistas da ONU sobre a mudança climática asseguraram hoje que os custos para combater esse problema são possíveis de serem custeados pela economia global.

O secretário-geral da Convenção da ONU para a Mudança Climática (UNFCCC, na sigla em inglês), Yvo de Boer, disse em entrevista coletiva que "a cooperação entre ricos e pobres para diminuir os efeitos da mudança climática pode gerar um fluxo econômico anual de US$ 100 bilhões".

Segundo De Boer, "as soluções são possíveis do ponto de vista financeiro. Em 2030 (as medidas para minimizar o impacto da mudança climática) não seriam mais do que 1,3% a 1,7% dos investimentos globais".




Fonte: EFE

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