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Sábado - 22 de Setembro de 2007 às 11:50

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Conselheiros ligados ao ex-presidente Alberto Dualib estão órfãos, não saberão em quem votar nas eleições marcadas para o dia 9 de outubro de um mandato-tampão de 16 meses no Corinthians. Pela primeira vez em 14 anos eles não terão candidato. Quem elegerá o novo manda-chuva corintiano é o Conselho Deliberativo do clube, formado por 400 conselheiros vitalícios. Até agora, os candidatos são Andrés Sanchez, Paulo Garcia e Osmar Stabile.

A administração do novo presidente, seja ele quem for, vai até o dia 1º de fevereiro de 2009 - data em que terminaria o mandato de Dualib. As eleições para presidente e três vices foram marcadas para 9 de outubro, às 19 horas. As chapas poderão ser inscritas até o dia da eleição. Existe a possibilidade de as facções se unirem nesse momento e ‘tirar’ um candidato de consenso.

Os dirigentes dos Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação estão mantidos em seus cargos. Dos três, o mais jovem é Sanchez. Ex-vice-presidente de futebol, ele apoiou a parceria com a MSI a ponto de viajar para Londres para se reunir com os investidores estrangeiros, como o russo Boris Berezovski. Mas parou no meio do caminho e tornou-se adversário ferrenho da MSI e da própria administração Dualib.

Embora queira muito assumir o posto vago, admitiu ceder lugar a um nome de consenso dentro do Parque, desde que haja eleições e que o estatuto não seja rasgado mais uma vez. "Estou disposto a participar da escolha de um nome de consenso para esse mandato-tampão de 16 meses. Só não aceito entregar o comando para uma junta diretiva. Sou pelas eleições."

Ele tem nas mãos, seguramente, 100 dos 400 conselheiros do Corinthians. Pode arregimentar para o seu lado nesse processo político outros 30 pelo menos. Está seguro em ser um dos candidatos mais fortes do Parque, e não teme respingos à sua candidatura provocados pelas escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal na ‘Operação Perestroika’ dando conta de uma possível combinação sua e de Dualib nos depoimentos feitos na própria Polícia Federal. "Nunca combinei nada com o Dualib. Se tivesse feito isso, não teria dito aos procuradores que o Corinthians tinha uma conta fora do Brasil, possivelmente nos Estados Unidos", defendeu-se.

O outro candidato à presidência do Corinthians é Paulo Garcia, filho de Damião Garcia, antigo opositor de Dualib e Nesi Curi. Paulo é candidato de Antônio Roque Citadini, presidente do Conselho de Orientação (Cori) do clube e ex-parceiro de Dualib no futebol. Citadini foi vice-presidente corintiano. Pulou fora do barco antes da entrada no clube da MSI. Sempre criticou o acerto com Kia Joorabchian.

Tem peso político considerável, que estaria implícito na candidatura de Paulo Garcia. Não está descartada, porém, uma candidatura própria de Citadini. Ele espera ser esse nome de consenso dentro do Parque São Jorge.

Uma possível terceira candidatura seria a do conselheiro e advogado Osmar Stábile, que desde os imbróglios financeiros e criminais com a MSI tornou-se uma das vozes pelo fim do acordo no clube. É amigo de Flávio Adauto, ex-diretor de comunicação de Dualib, hoje na oposição. Dos três candidatos, é quem menos força teria. Pode registrar uma chapa apenas para marcar presença política e dias antes das eleições retirá-la para apoiar um dos outros dois candidatos.





Fonte: AE

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