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Advogado diz que cumpriu seu papel com a absolvição de Renan
O advogado Eduardo Ferrão, que atuou na defesa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no primeiro processo por quebra de decoro parlamentar, enviou carta ao peemedebista para justificar a decisão de deixar o caso. Ferrão alega que, com a absolvição de Renan, seu papel na defesa do senador foi cumprido.
Ferrão também justifica a sua decisão de deixar a defesa de Renan com o argumento de que precisava se dedicar a outros casos. "Precisamos retomar de imediato a rotina do escritório. Precisamos resgatar alguns clientes que sentiram-se deixados de lado em virtude da intensidade da nossa dedicação à sua causa. Resumindo e vulgarizando: precisamos correr atrás", afirma o advogado.
A carta foi encaminhada a Renan no dia 14 deste mês, quando Ferrão decidiu se afastar do caso, e foi assinada pelo advogado e o seu sócio, Paulo Baeta Neves. A informação sobre a troca de advogados, no entanto, só foi divulgada nesta sexta-feira.
Ferrão nega que tenha deixado o caso por qualquer divergência com Renan, mas admite na carta que houve falhas da defesa no início do processo contra o peemedebista.
"A condição humana, com todas as suas fatalidades, falou mais alto e nos levou a algumas falhas. Algumas das quais lhe foram cobradas ostensivamente na sessão de julgamento", diz Ferrão a Renan.
O advogado deu um tom informal à carta enviada ao peemedebista. Ferrão tratou Renan como "amigo", de quem esteve ao lado ao longo de todo o processo. "Procuramos, com nossas limitações tão notórias e nossas deficiências tão perceptíveis, dar-lhe o que de melhor tínhamos no momento. Nem que fosse apenas a nossa companhia."
No final da correspondência, o advogado afirma estar honrado por ter compartilhado a defesa de Renan. "Permanecerão nos anais de nossa afetividade os registros de um sentimento de honra por termos partilhado de sua luta e cansaço. Temos certeza que a bravura do sertanejo não se exauriu."
Ferrão disse que vai estar à disposição de Renan "em qualquer hora", principalmente nas sextas-feiras no horário do almoço, quando costumavam discutir o caso.
Novas representações
Ferrão afirma, na carta, ter certeza de que Renan será inocentado nas outras três representações que enfrenta no Conselho de Ética do Senado. "Sabemos que existem as outras representações, mas não temos dúvidas de que a fragilidade das acusações por elas veiculadas não criará maiores dificuldades para que outros advogados assumam o honroso patrocínio da sua defesa", diz o advogado.
Mesmo absolvido pelo plenário no primeiro processo por quebra de decoro parlamentar, Renan ainda responde a três representações no Conselho de Ética. Na semana que vem, o órgão vai decidir se unificará os três processos em uma única ação contra o presidente do Senado para facilitar a sua tramitação.
Na segunda representação, relatada pelo senador João Pedro (PT-AM), Renan é acusado de beneficiar a Schincariol junto ao INSS depois que a empresa comprou uma fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado.
A terceira representação --apresentada ao Conselho de Ética pelo DEM e PSDB-- apura a denúncia de que Renan teria usado laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas com recursos não declarados à Receita Federal.
No último processo, encaminhado ontem pela Mesa Diretora do Senado ao Conselho de Ética, Renan é acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB, que teria como coordenador o lobista Luiz Garcia Coelho, pai de uma funcionária de Renan.
Ferrão também justifica a sua decisão de deixar a defesa de Renan com o argumento de que precisava se dedicar a outros casos. "Precisamos retomar de imediato a rotina do escritório. Precisamos resgatar alguns clientes que sentiram-se deixados de lado em virtude da intensidade da nossa dedicação à sua causa. Resumindo e vulgarizando: precisamos correr atrás", afirma o advogado.
A carta foi encaminhada a Renan no dia 14 deste mês, quando Ferrão decidiu se afastar do caso, e foi assinada pelo advogado e o seu sócio, Paulo Baeta Neves. A informação sobre a troca de advogados, no entanto, só foi divulgada nesta sexta-feira.
Ferrão nega que tenha deixado o caso por qualquer divergência com Renan, mas admite na carta que houve falhas da defesa no início do processo contra o peemedebista.
"A condição humana, com todas as suas fatalidades, falou mais alto e nos levou a algumas falhas. Algumas das quais lhe foram cobradas ostensivamente na sessão de julgamento", diz Ferrão a Renan.
O advogado deu um tom informal à carta enviada ao peemedebista. Ferrão tratou Renan como "amigo", de quem esteve ao lado ao longo de todo o processo. "Procuramos, com nossas limitações tão notórias e nossas deficiências tão perceptíveis, dar-lhe o que de melhor tínhamos no momento. Nem que fosse apenas a nossa companhia."
No final da correspondência, o advogado afirma estar honrado por ter compartilhado a defesa de Renan. "Permanecerão nos anais de nossa afetividade os registros de um sentimento de honra por termos partilhado de sua luta e cansaço. Temos certeza que a bravura do sertanejo não se exauriu."
Ferrão disse que vai estar à disposição de Renan "em qualquer hora", principalmente nas sextas-feiras no horário do almoço, quando costumavam discutir o caso.
Novas representações
Ferrão afirma, na carta, ter certeza de que Renan será inocentado nas outras três representações que enfrenta no Conselho de Ética do Senado. "Sabemos que existem as outras representações, mas não temos dúvidas de que a fragilidade das acusações por elas veiculadas não criará maiores dificuldades para que outros advogados assumam o honroso patrocínio da sua defesa", diz o advogado.
Mesmo absolvido pelo plenário no primeiro processo por quebra de decoro parlamentar, Renan ainda responde a três representações no Conselho de Ética. Na semana que vem, o órgão vai decidir se unificará os três processos em uma única ação contra o presidente do Senado para facilitar a sua tramitação.
Na segunda representação, relatada pelo senador João Pedro (PT-AM), Renan é acusado de beneficiar a Schincariol junto ao INSS depois que a empresa comprou uma fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado.
A terceira representação --apresentada ao Conselho de Ética pelo DEM e PSDB-- apura a denúncia de que Renan teria usado laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas com recursos não declarados à Receita Federal.
No último processo, encaminhado ontem pela Mesa Diretora do Senado ao Conselho de Ética, Renan é acusado de participar de um esquema de desvio de dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB, que teria como coordenador o lobista Luiz Garcia Coelho, pai de uma funcionária de Renan.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/206274/visualizar/
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