Polícia interdita fábrica clandestina de medicamentos em Cuiabá
A Polícia Civil interditou uma fábrica clandestina de medicamentos naturais no Coxipó, em Cuiabá. Sem qualquer higiene, três funcionários trabalhavam no local, embalando medicamentos fabricados por eles. O proprietário da residência e três funcionários foram detidos e encaminhados ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) Coxipó.
Segundo o delegado titular Pedro Frederico Antunes, em princípio os dois proprietários da "fábrica" de remédios, vão responder por exercício ilegal da profissão, já que nenhum deles tem formação de famacêutica ou bioquímica. Mas as investigações continuam e podem resultar em indiciamento por crimes de estelionato e sonegação fiscal. Também serão investigadas os compradores que revendiam os produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Foram detidos Marco Antonio Duim, 48, e Dionas Passaned Duim, 26. Marco seria o proprietário da casa localizada na quadra 15, rua M. No interior da fábrica de medicamentos estavam trabalhando João Jenu da Silva, João Antonio Macedo e Welington Nascimento.
Dentro da casa havia tambores com produtos, como mel e ervas embaladas em sacos, e equipamento para fazer cápsulas. Farinha de fécula de mandioca era a base da mistura. Embalagens de vidro e plástico sem qualquer esterilização e vasilhames plásticos rudimentares eram utilizadas para medir sem qualquer precisão os medicamentos.
Os tonéis de plástico onde eram armazenados os princípios ativos como xaropes e mel também não tinham qualquer higiene. No ambiente sujo, sem forro e circulação de ar se misturavam embalagens, matérias primas e remédios prontos para entrega.
Entre os produtos oferecidos estavam xaropes de mel e própolis, sabonetes líquidos íntimos, remédios para problemas de memória, circulatórios, corrimento, cólica menstrual, estimulante sexual masculino, medicamentos pediátricos, entre outros.
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