Kátia dá adeus à seleção e diz que processará CBB
De volta à ativa após ter sido cortada por problemas cardíacos da equipe que treinava para o Pan do Rio de Janeiro, a pivô Kátia, 25, diz que não joga mais pela seleção e que irá processar a Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
"Eles me prejudicaram. Quase perdi meu contrato aqui na Espanha por causa da repercussão da história", conta Kátia, que defende o Zaragoza.
A pivô diz que realizou todos os exames antes de ser efetivada. Ela disputa seu primeiro amistoso na terça. O Espanhol começa no dia 22 de outubro. "Não jogo mais no Brasil porque não deixam. Joguei no ano passado no Lugo [também da Espanha] e não tive problema nenhum. Me disseram que há menos de 1% de chance de ter algum problema em quadra."
Kátia, que terá como companheira de time a ala-pivô Êga, titular da seleção, viveu drama pessoal neste ano. A pivô perdeu o pai. Semanas depois, morreu o avô."Estava na Espanha e, quando voltei, encontrei meu pai no caixão. Mesmo assim, apresentei-me à seleção."
A atleta dá nova versão para o corte na seleção. Segundo ela, houve acordo para que fosse divulgado que ela sairia por problemas pessoais. "Assinei um papel. Tenho cópia. Mas, logo após deixar a concentração, recebi telefonema da imprensa questionando sobre arritmia."
O drama de Kátia teve início no Nacional-04, quando foi detectada uma arritmia cardíaca. Destaque do Santo André, ela foi afastada do time. Segundo o cardiologista Nabil Ghorayeb, seu problema, de origem genética, intensificava-se com o esforço, o que a impedia de praticar esporte de alto rendimento.
Ela abandonou o tratamento em 2006 e se transferiu para a Espanha. Suas boas atuações levaram à convocação pelo então técnico da equipe, Antonio Carlos Barbosa. "Não jogo mais na seleção. Se me chamarem de novo, vão só gastar papel."
Procurada, a CBB divulgou que "já se posicionou sobre o assunto, na ocasião [do corte]".
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