Em MT, greve mantida por carteiros
A categoria não acatou a contraproposta da empresa e decidiu esperar pelo julgamento do dissídio coletivo, em discussão no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
O presidente do Sindicato dos Correios no Estado, Francisco da Silva Adão, justificou a rejeição dizendo que por enquanto não houve avanços nas negociações. A empresa, observou ele, apenas elevou o proposta de abono salarial de R$ 400 para R$ 500, e de R$ 50 para R$ 60 o acréscimo no salário de janeiro de 2008.
Desde o último dia 13, 200 carteiros estão de braços cruzados em Mato Grosso. Esse número representaria, conforme o sindicalista, quase 50% do total de carteiros. A greve atinge principalmente as populações de Cuiabá e Várzea Grande.
Por causa dessa paralisação, algumas empresas já estão alterando o prazo de pagamento de contas. Esse é o caso da Brasil Telecom, que anunciou ontem que aqueles que receberem suas faturas após a data do vencimento poderão pagá-las normalmente, sem multa e sem segunda via, em qualquer agência ou terminal bancário, casas lotéricas ou pela internet.
Em São Paulo, onde trabalham o maior número de carteiros, a categoria também decidiu ontem pela manutenção da greve. Isso, porque não houve acordo na audiência que aconteceu no TST.
A empresa manteve a mesma proposta já apresentada aos trabalhadores, ou seja, reajuste de 3,7%. Em todo o país, somente cinco dos 33 sindicatos que integram a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios aceitaram a proposta empresarial.
O diretor regional dos Correios, Nilton Nascimento, disse que a empresa ainda não tem um levantamento sobre os prejuízos dessa primeira semana de greve.
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