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Economia
Quinta - 20 de Setembro de 2007 às 14:46

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A alta no preço dos alimentos, que nos últimos dois meses foi considerada a vilã da inflação, foi a principal causa para os consumidores terem gastado menos nos supermercados no mês de julho, segundo mostrou a LCA Consultoria.

De acordo com a análise, a média móvel trimestral das vendas em hiper e supermercados revela relevantes desacelerações, apesar da alta de 9,2% em julho, em relação a igual mês de 2006, e de 0,5% sobre junho.

Os dados que fazem parte de pesquisa do IBGE, porém, não mostram que haverá reversão no crescimento do consumo das famílias. O forte desempenho observado no período de março a maio - com ritmo de expansão anualizado próximo a 11% -, por sua vez, ficará abaixo de 7% ao ano nos próximos meses.

Desaceleração nas vendas

O processo de desaceleração acontece, mais fortemente, no setor de Combustíveis e Lubrificantes - que correspondem a 10,2% das vendas no comércio varejista -, Móveis e Eletrodomésticos (16,1%) e, em especial, nos hiper e supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (47,8%).

"É importante reiterar a importância das recentes altas dos preços dos alimentos - sem precedentes nos últimos quatro anos -, que deverão exercer impacto ainda mais negativo sobre o volume de vendas nessa atividade à frente", explicaram os técnicos da LCA.

Conforme o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas na segunda-feira (17), o grupo de alimentos apresentou desaceleração, passando de avanço de 1,09% para 0,46% - a menor taxa desde a quarta semana de maio último.

A inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apontou que, em agosto, esses produtos tiveram encarecimento de 1,39%, sendo responsáveis pelo índice geral dobrar e atingir 0,47%.

Outros produtos

As vendas de Tecidos, Vestuário e Calçados, que representam 8,6% das vendas no comércio varejista, vêm mostrando aceleração. Uma das causas para esse desempenho é a evolução dos preços relativos.

Outro segmento que não mostra sinais de arrefecimento é o de automóveis. Segundo a Fenabrave, em agosto, foram emplacados quase 224 mil veículos, entre automóveis e comerciais leves - 32% a mais do que no mesmo mês do ano passado.





Fonte: Infomoney

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