Emprego formal ganha 217 mil vagas em agosto
O emprego formal nas seis principais regiões metropolitanas do País registrou a criação de 217 mil vagas em agosto, na comparação com o mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, o aumento de 2,5% da ocupação com carteira assinada de agosto com relação a julho foi o maior apurado na comparação com mês anterior desde o início da nova série da pesquisa, em março de 2002.
Houve um acréscimo significativo no número de empregados com carteira também na comparação com agosto do ano passado (7,0%, ou 590 mil vagas formais em relação às existentes em agosto de 2006), que só encontrou similar, na série, em maio de 2005 (7,1%). Segundo Azeredo, esse fenômeno do aumento da formalidade no mercado de trabalho reflete "o cenário econômico, o aumento da fiscalização e o crescimento do nível de escolaridade".
O número de empregados sem carteira caiu 0,7% em agosto ante julho e recuou 6,2% na comparação com agosto de 2006. Azevedo sublinhou que, apesar dos resultados positivos da formalidade, ainda é muito grande o contingente de trabalhadores informais nas seis regiões, já que o número de trabalhadores com carteira ainda é menos da metade (42,9%) dos ocupados. "O déficit de formalização no País ainda é muito grande", disse.
Os resultados do mercado de trabalho em agosto são "muito positivos", embora a taxa de desemprego tenha ficado inalterada em 9,5% em relação a julho, na opinião de Cimar. O argumento é que a taxa é menor do que a apurada em agosto do ano passado (10,6%), os postos gerados foram de maior qualidade, com aumento do emprego formal, e o aumento do número de desocupados seguiu a tendência da série histórica da pesquisa, que mostra que no início do segundo semestre as pessoas voltam a procurar emprego, após as férias de julho.
Azeredo explicou que a maior parte dos desocupados nas seis principais regiões metropolitanas do País são jovens e mulheres, que costumam dar uma pausa na procura por trabalho em julho, retornando em agosto e pressionando para cima a taxa. "Embora a taxa não tenha caído em relação a julho e a pressão sobre o mercado tenha crescido com o aumento dos desocupados, a ocupação está aumentando, com empregos de qualidade, o que é muito positivo", disse. Segundo ele, a pressão dos desocupados sobre o mercado não é negativa, "pois mostra que o desempenho da economia está atraindo as pessoas" para a busca de uma vaga.
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