Paraíso Tropical: Lutero morre envenenado no apartamento de Olavo
Separação de bens
Olavo recebe Lutero de maneira esfuziante. Não é de todo falso. São amigos e Lutero é, como se diz, a sua galinha dos ovos de ouro. Além do apoio no grupo, Lutero garante a Olavo uma herança considerável – isto é, se correr tudo bem e o casamento com Alice realmente se realizar. Não tem por que, então, tratar mal figura tão proeminente. Por isso ele merece o melhor uísque do bar, servido com direito a brinde. Mas Lutero está meio aperreado. Tem um assunto delicado pra conversar e é justamente sobre o casamento. Quer que Olavo e Alice se casem em regime de separação total de bens.
Socorro imediato
Olavo não faz caso do pedido de Lutero. Entende ou finge que entende. O fato é que jura que nada, mas nada nesse mundo vai abalar a imensa amizade que há entre eles. Ouvir isso deixa Lutero mais aliviado. Em comemoração, ou pra relaxar mesmo, ele toma um gole ainda maior do uísque. Subitamente, parece sufocar. Olavo percebe a angústia, o esforço que o amigo faz para respirar e tenta ajudá-lo. Afrouxa a gravata dele, mas nada parece trazer conforto. “É coração?”, pergunta. Lutero já não consegue nem responder. Cai chão, contorcendo-se de dor, e logo está sem sentidos. Olavo não sabe exatamente o que fazer para socorrê-lo e por isso recorre ao telefone: “Uma ambulância urgente”.
Quem foi?
Mas quando os médicos chegam, já é tarde demais. Lutero está morto. Mas não por ataque cardíaco, como parecia. A causa mortis é muito mais intrigante que isso: envenenamento. Lutero foi assassinado. Mas por quem?
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