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Austrália é área perigosa para línguas em extinção
Linguistas preocupados com a contínua extinção de línguas indígenas apontaram na terça-feira cinco locais onde o problema é mais grave. Em primeiro lugar vem o norte da Austrália, seguido pela região central da América do Sul.
O mapeamento desses locais é parte do projeto Enduring Voices, que busca documentar e revitalizar línguas que estão caindo em desuso. David Harrison, do Swarthmore College (Pensilvânia, EUA), co-diretor do projeto, disse haver 6.992 línguas reconhecidas no mundo. Em média, uma delas some a cada duas semanas, normalmente com a morte de seu último falante.
O projeto, apoiado pela revista National Geographic, apontou uma área do norte da Austrália, nos Estados de Queensland, Austrália do Oeste e Território do Norte, como o local onde há mais idiomas ameaçados. Nessa região, há 153 línguas.
A parte central da América do Sul, abrangendo Equador, Colômbia, Peru, Brasil e Bolívia, vem em segundo na lista de lugares, com idiomas ameaçados pelo avanço do espanhol, do português e de outras línguas indígenas.
Os linguistas disseram que a Bolívia tem o dobro da diversidade linguística de toda a Europa, mas que muitos idiomas menores estão sendo ofuscados pelo castelhano e por outras línguas.
Em terceiro e quinto lugar estão duas regiões da América do Norte --uma abrangendo a Columbia Britânica (Canadá) e os Estados de Washington e Oregon (EUA), outra entre Oklahoma, Texas e Novo México. O leste da Sibéria ficou em quarto lugar.
"Há algumas línguas, dezenas se não centenas, em que restam um, dois ou três falantes, ou que talvez já tenham perdido seus últimos falantes fluentes, mas que tenham alguns 'semi-falantes', que têm um conhecimento passivo da língua", disse Harrison em entrevista por telefone.
"Vamos perder um imenso depositório de conhecimento", acrescentou ele, citando, por exemplo, as valiosas informações sobre espécies animais acumuladas durante séculos por essas línguas.
Muitos idiomas ameaçados são ágrafos, e por isso desaparecem para sempre quando o último falante morre, segundo Harrison.
"As línguas muitas vezes vão gotejando até o fim da sua existência em vez de desaparecem abruptamente", disse Gregory Anderson, co-diretor do projeto Enduring Voices e diretor da ONG Living Tongues Institute for Endangered Languages.
Ao longo dos anos, algumas línguas foram deliberadamente extintas por colonizadores ou agressores que ocupavam os territórios e/ou realizavam genocídios, segundo os linguistas.
Agora, em geral, o destino das línguas está nas mãos das crianças, disse Harrison, lamentando que muitas vezes elas prefiram o idioma que ouvem na TV e na escola à língua ancestral.
O mapeamento desses locais é parte do projeto Enduring Voices, que busca documentar e revitalizar línguas que estão caindo em desuso. David Harrison, do Swarthmore College (Pensilvânia, EUA), co-diretor do projeto, disse haver 6.992 línguas reconhecidas no mundo. Em média, uma delas some a cada duas semanas, normalmente com a morte de seu último falante.
O projeto, apoiado pela revista National Geographic, apontou uma área do norte da Austrália, nos Estados de Queensland, Austrália do Oeste e Território do Norte, como o local onde há mais idiomas ameaçados. Nessa região, há 153 línguas.
A parte central da América do Sul, abrangendo Equador, Colômbia, Peru, Brasil e Bolívia, vem em segundo na lista de lugares, com idiomas ameaçados pelo avanço do espanhol, do português e de outras línguas indígenas.
Os linguistas disseram que a Bolívia tem o dobro da diversidade linguística de toda a Europa, mas que muitos idiomas menores estão sendo ofuscados pelo castelhano e por outras línguas.
Em terceiro e quinto lugar estão duas regiões da América do Norte --uma abrangendo a Columbia Britânica (Canadá) e os Estados de Washington e Oregon (EUA), outra entre Oklahoma, Texas e Novo México. O leste da Sibéria ficou em quarto lugar.
"Há algumas línguas, dezenas se não centenas, em que restam um, dois ou três falantes, ou que talvez já tenham perdido seus últimos falantes fluentes, mas que tenham alguns 'semi-falantes', que têm um conhecimento passivo da língua", disse Harrison em entrevista por telefone.
"Vamos perder um imenso depositório de conhecimento", acrescentou ele, citando, por exemplo, as valiosas informações sobre espécies animais acumuladas durante séculos por essas línguas.
Muitos idiomas ameaçados são ágrafos, e por isso desaparecem para sempre quando o último falante morre, segundo Harrison.
"As línguas muitas vezes vão gotejando até o fim da sua existência em vez de desaparecem abruptamente", disse Gregory Anderson, co-diretor do projeto Enduring Voices e diretor da ONG Living Tongues Institute for Endangered Languages.
Ao longo dos anos, algumas línguas foram deliberadamente extintas por colonizadores ou agressores que ocupavam os territórios e/ou realizavam genocídios, segundo os linguistas.
Agora, em geral, o destino das línguas está nas mãos das crianças, disse Harrison, lamentando que muitas vezes elas prefiram o idioma que ouvem na TV e na escola à língua ancestral.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/206647/visualizar/
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