Perícia avalia condições do acidente com brinquedo no PR

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) do Paraná fizeram, na tarde desta terça-feira (18), o levantamento do peso dos dois brinquedos infláveis, a altura e a distância que foram deslocados durante o acidente em uma festa de confraternização, no domingo (16), em Curitiba. No evento, duas crianças, de 5 e de 8 anos, morreram ao cair de um dos equipamentos. Outras dez pessoas ficaram feridas.

"Há informações desencontradas nos depoimentos de duas testemunhas sobre o quanto os brinquedos foram elevados e arrastados. O que todos falaram é que houve uma forte rajada de vento no momento do acidente", disse Carlos Alberto Castanheiro, delegado titular do 3º Distrito Policial da cidade.

Ele ouviu o segundo o depoimento de um dos sócios da empresa Castelinho Eventos, na manhã desta terça-feira (18). "Já pedi para o fabricante dos equipamentos todas as informações ténicas. Por parte da empresa, recebi documentos sobre o alvará de funcionamento e o prazo de utilização dos brinquedos", disse o delegado.

Castanheiro afirmou que vai procurar as outras vítimas que já receberam alta médica. "Quero ouvir todas as pessoas que estavam no local". O G1 procurou o dono da empresa Casquinha Eventos, mas não obteve retorno.

Segundo Rafael Antonio Sorrija, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os brinquedos infláveis usados no momento do acidente não possuem normas. "Por exemplo, a norma para playground estabelece requisitos mínimos de segurança para evitar os perigos apresentados por equipamentos para brincar, projetados para instalação permanente ao ar livre, sem sistema motriz, mas não é esse o caso."

Vítimas

O acidente aconteceu em uma festa aberta à comunidade organizada pela Associação Desportiva Classista Siemens (ADC). Uma rajada de vento levou pelos ares dois brinquedos infláveis. Duas crianças morreram: Amanda Vieira, de 8 anos, e Luiz Eduardo da Silva, de 5. As duas vítimas foram enterradas no Cemitério Jardim da Saudade I, em Curitiba.

Um touro mecânico e o "castelinho" inflável foram deslocados pelo vento e atingiram quem estava nas proximidades. Dez pessoas ficaram feridas.

Em nota, a Siemens Enterprise Communications informou que a empresa está trabalhando junto com as autoridades responsáveis na apuração da causa do acidente e está prestando todo o auxílio às famílias das vítimas. No documento, a empresa afirma que "lamenta profundamente a fatalidade".