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Internacional
Terça - 18 de Setembro de 2007 às 09:18

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Johanesburgo, 18 set (EFE).- A organização internacional Crisis Group pediu hoje o apoio internacional aos esforços de mediação no Zimbábue e, caso o Governo do país não coopere, um endurecimento das sanções.

A organização, com sede em Bruxelas, alerta para conflitos mundiais e propõe possíveis soluções. Um comunicado divulgado hoje, simultaneamente em Pretória e Bruxelas, analisa a fundo o conflito no Zimbábue.

O regime de Robert Mugabe, no poder desde 1980, mantém limitações aos direitos políticos e de informação no Zimbábue. As últimas eleições foram marcadas por denúncias de fraude e outras irregularidades.

Em março, os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) encarregaram o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, de ser o intermediário entre o Governo do Zimbábue, a oposição e as organizações sociais. O objetivo das conversas é levar o país a superar a crise econômica mais grave de sua história.

"É fundamental que toda a comunidade internacional apóie a mediação de Mbeki", diz o relatório do Crisis Group, de 36 páginas.

A organização sustenta que as nações que mantêm sanções contra o regime de Mugabe devem suspender as medidas. Em troca, o partido governante do Zimbábue deverá "cooperar com o processo de mediação e a implementação das reformas que permitam eleições livres e justas em 2008".

Mugabe já anunciou a sua intenção de tentar uma nova reeleição. Já o principal partido da oposição, o Movimento para a Mudança Democrática (MDC), está dividido em duas facções.

Estados Unidos e a União Européia aplicaram sanções aos altos funcionários, legisladores governistas e representantes do regime de Mugabe. Eles estão impedidos de viajar para esses países, e além disso seus bens em território americano e europeu foram congelados.

Caso a gestão de Mbeki fracasse, "a SADC deveria negar seu apoio a qualquer eleição e isolar Mugabe e seu regime", diz o relatório do Crisis Group.

O grupo diz também que, nesse caso, EUA, UE e o resto da comunidade internacional deveriam ampliar suas sanções.




Fonte: EFE

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