Com alimentos, IGP-10 acelera para 1,47% em setembro
Impulsionado pela alta dos preços dos alimentos, o IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) apresentou forte aceleração em setembro. A taxa mais que dobrou e apurou alta de 1,47% ante 0,64% no mês anterior, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas).
No ano, o índice de preços acumula alta de 3,85%. Nos últimos 12 meses, o avanço é de 5,63%.
O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Só os preços no atacado, de maior peso na estrutura do índice, passaram de 0,83% para 2,06%.Os Bens Finais passaram de -0,18%, em agosto, para 0,79%, em setembro graças aos alimentos in natura, que tiveram sua taxa elevada de -2,89% para 0,56%.
O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 0,72%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,39%.
As Matérias-Primas Brutas mais que dobraram sua variação passando de 3,01%, em agosto, para 6,22%, em setembro. Apenas as matérias-primas brutas agropecuárias avançaram de 3,52% para 6,86%.
Neste subgrupo, vale destacar as acelerações dos itens: soja (em grão) (1,43% para 10,13%), milho em grão (1,00% para 15,70%) e leite "in natura" (8,35% para 11,42%).
Em desaceleração ficaram bovinos (7,15% para 2,98%), aves (8,92% para 3,30%) e mandioca (aipim) (14,14% para 2,39%).
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) registrou variação de 0,37%, em setembro, ante 0,28%, em agosto. Dos sete grupos componentes do índice, três apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: Habitação (-0,22% para 0,53%), Vestuário (-0,75% para 0,40%) e Transportes (-0,36% para -0,33%). Nestas classes de despesa, os destaques foram tarifa de eletricidade residencial (-3,43% para 0,49%), roupas (-1,39% para 0,02%) e gasolina (-0,95% para -0,38%), respectivamente.
Em baixa ficaram os grupos Alimentação (1,22% para 0,61%), Educação, Leitura e Recreação (0,53% para 0,25%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,34% para 0,32%) e Despesas Diversas (0,52% para 0,12%). Nestas classes de despesa, contribuíram para as desacelerações os itens laticínios (8,43% para 3,66%), passagem aérea (12,34% para 6,80%), medicamentos em geral (-0,04% para -0,14%) e cigarros (1,39% para -0,02%).
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou, em setembro, alta de 0,32%, acima do resultado do mês anterior, de 0,29%. A contribuição para o aumento da taxa partiu do grupo Mão-de-Obra, que passou de 0,24%, em agosto, para 0,37%, em setembro.
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