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Internacional
Sábado - 15 de Setembro de 2007 às 21:02

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Bogotá, 15 set (EFE).- O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Carlos Miguel Gutiérrez, e 11 congressistas americanos falaram hoje do Tratado de Livre-Comércio (TLC) com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e ouviram 28 antigos membros dos grupos armados ilegais que viraram "empreendedores".

Gutiérrez e os parlamentares visitaram os jovens em um bairro localizado em uma encosta da cidade de Medellín (noroeste) que foi castigada há anos pela violência de traficantes, guerrilheiros esquerdistas e paramilitares de extrema-direita, disseram fontes oficiais colombianas.

O secretário de Comércio e os congressistas - democratas e republicanos - chegaram ao local com o novo embaixador dos EUA em Bogotá, William Brownfield, com a embaixadora da Colômbia em Washington, Carolina Barco, além de autoridades do Governo colombiano, do departamento de Antioquia e da Prefeitura de Medellín, a capital provincial.

Numa biblioteca de Medellín, Gutiérrez e a comitiva se encontraram com os 28 antigos membros dos grupos armados ilegais, a maioria jovens, que viraram micro-empresários após participarem de planos de pacificação do Governo.

Gutiérrez escutou as experiências, anseios e esperanças dos ex-guerrilheiros, além dos esforços que fazem, com apoio público e privado - e às vezes sem nenhum - para instalar uma pequena empresa.

O secretário de Comércio e os congressistas, que chegaram a Medellín na sexta-feira vindos de Lima, também se reuniram hoje com líderes sindicais colombianos. Os sindicalistas falaram sobre as preocupações pelo impacto que o TLC assinado pelos dois países possa ter. O tratado ainda não foi ratificado pelo Congresso americano.

Segundo a embaixadora Carolina Barco, os congressistas americanos "fizeram perguntas (aos sindicalistas) sobre as leis trabalhistas e o salário mínimo, em um diálogo amplo".

Gutierrez, o senador Robert Bennett e os representantes (deputados) Rodney Alexander, Joseph Crowley, Lincoln Diaz-Balart, David Dreier, Dennis Hastert, Wally Herger, Rubén Hinojosa, Jim McCrery, Gregory Meeks e Cliff Stearns se reuniram com o presidente colombiano, ministros e empresários para falar sobre o tratado.

O encontro com Uribe e empresários, cujos detalhes não foram divulgados à imprensa, aconteceu em Llano Grande, perto de Medellín, afirmaram fontes oficiais.

Segundo as fontes, no início da reunião Uribe afirmou a Gutierrez que estava "pronto para escutar e aceitar suas perguntas, comentários e sugestões" sobre a política do Governo colombiano.

O presidente afirmou que estava "pessoalmente" disposto a fornecer a informação "mais clara sobre os diferentes temas" de interesse de Gutierrez.

O presidente da Associação Nacional de Empresários, Luis Carlos Villegas, disse que não vê "razões lógicas" para que alguns setores da política americana tenham demorado mais de dois anos em entender o progresso econômico, político e social da Colômbia.

Villegas disse que os empresários estrangeiros têm captado os avanços do país sul-americano. Ele afirmou que a Colômbia é vista como "um lugar importante" para os investimentos, que podem ficar este ano entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões.

Enquanto Uribe se reunia com Gutiérrez, em Bogotá avançavam os preparativos para a primeira rodada de negociações dos países andinos com a União Européia (UE), para um Acordo de Associação (AA), que será realizado na próxima semana na capital colombiana.

Alguns analistas locais estimam que AA - entre os andinos - e a UE negociarão, aprovarão e ratificarão antes da entrada em vigor do TLC com os EUA.

O Congresso americano estudará e votará ainda este ano o TLC com o Peru, negociado simultaneamente com a Colômbia. Em seguida, analisará o tratado com Panamá e Coréia do Sul. Observadores acreditam que o TLC colombiano deve ser votado em 2008.





Fonte: EFE

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