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Nacional
Sábado - 15 de Setembro de 2007 às 19:53

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A mãe de Ketelim Denise Beyer, uma menina de 1 ano que sumiu há 35 dias no Rio Grande do Sul, disse ao G1 acreditar na inocência da inglesa Kate McCann, mãe de Madeleine. Cristiane Aparecida Beyer afirma que se identifica com Kate porque sente na pele o que é ser considerada suspeita pelo sumiço da filha.

A menina inglesa sumiu em 3 de maio em um quarto de hotel de um complexo turístico em Portugal, quando seus pais, os médicos Kate e Gerry MacCann, haviam saído para jantar. Desde o início do mês, o casal é considerado suspeito pelo desaparecimento da filha.

Cristiane conta que sua filha sumiu em frente a uma loja de R$ 1,99 em Cachoeirinha (RS), no dia 10 de agosto. A mãe diz que foi fazer compras e deixou a menina com uma mulher, que se identificou como funcionária da loja e se ofereceu para tomar conta do bebê. Depois disso, Cristiane não viu mais a filha, que completou um ano em 2 de setembro.

Cristiane afirma que não é considerada oficialmente suspeita pela polícia, mas reclama da desconfiança dos policiais. “As mesmas coisas desagradáveis que falam de Kate, também falam de mim. Os policiais perguntam o tempo todo se eu vendi, matei ou dei minha filha”, afirma. ”Eles exageram às vezes. Perguntaram até para vizinhos e conhecidos como tratávamos as crianças, mas até agora ninguém achou o meu bebê.”

Na 2ª Delegacia de Cachoeirinha, a polícia informa que ela não é considerada suspeita, mas que o caso está sendo investigado.

Apesar de entender que o papel da polícia é procurar os culpados, Cristiane se sente magoada com tanta desconfiança. Mãe de outra menina, que vai completar dois anos em outubro, ela afirma que sempre amou as filhas e não gostava de deixá-las nem com parentes.

Conselho à mãe de Madeleine

Para a mãe da criança inglesa, Cristiane aconselha força. “Ela tem que ser forte e suportar essa provação porque tem mais duas crianças para criar. Os outros não sabem o que nós duas estamos passando e não imaginam a saudade que sentimos”, diz. “O pai precisa erguer a cabeça, não se importar com o que os outros pensam e continuar procurando. Tem muita gente má nesse mundo.”

Outro ponto em comum que Cristiane acredita ter com a mãe de Madeleine é o fato de as duas terem cometido erros. “Ela deixou a filha sozinha no quarto, com outros irmãos pequenos. Eu deixei minha filha com uma desconhecida. Mas foram erros inconscientes, porque nenhuma mãe quer o mal para um filho”, afirma.

Tratamento psicológico

Para superar a dor, Cristiane começou a fazer tratamento com um psicólogo. Ela conta que se sente culpada. “Todo dia, quando deito na cama, me arrependo. Tenho vontade de sumir, mas sei que não vai adiantar ficar chorando 24 horas. Tenho outra filha para cuidar”, afirma. “A pior sensação é imaginar nunca mais vê-la. Não gosto nem de pensar.”

A família não perde a esperança de encontrar Ketelim. Além de visitas freqüentes à delegacia para acompanhar as investigações, os parentes distribuem panfletos com a foto do bebê pelas ruas de Gravataí (RS), Cachoeirinha (RS) e outras cidades da região metropolitana de Porto Alegre.




Fonte: G1

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