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Internacional
Sábado - 15 de Setembro de 2007 às 18:33

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Pelo segundo dia consecutivo, as filas aumentaram neste sábado (15) nas agências do banco britânico Northern Rock, oitavo maior banco do país, especializado em crédito imobiliário.

Desde as 6h da manhã, dezenas de clientes do banco formaram filas em todo o país na esperança de chegar aos caixas antes do fechamento, previsto para as 14h.

A corrida para sacar o dinheiro depositado em contas e aplicações na instituição começou depois que o Banco da Inglaterra (BoE) anunciou que teve de sair em socorro do Northern Rock, o emprestando-lhe fundos necessários para o financiamento de suas operações "enquanto a instituição trabalha para resolver seu problema de liquidez".

O Northern Rock, quinto banco britânico em termos de crédito hipotecário, é o primeiro do país a ser duramente atingido pelas repercussões da crise dos créditos imobiliários de alto risco, os chamados "subprime", nos Estados Unidos.

Medo

Já na sexta-feira, quase um bilhão de libras (1,5 bilhão de euros) teriam sido sacados do banco, ou seja 4% ou 5% do total dos depósitos feitos no banco pelos 1,5 milhão de clientes, segundo a imprensa.

Esta operação raríssima derrubou a ação do Northern Rock na Bolsa de Londres sexta-feira, levando o banco a perder mais de 30% de seu valor.

"Minha cabeça me diz que não tem problema, mas meu coração diz o contrário", disse um correntista cinqüentenário que enfrentava uma fila de horas na agência de Golders Green, no norte de Londres.

"O banco tem ativos suficientes. Estamos amplamente cobertos. Eu sabia disse como cliente, mas mesmo assim quero sacar meu dinheiro", acrescentou, à AFP.

A imprensa britânica publicou neste sábado na primeira página as fotos dos correntistas fazendo filas nas agências do Northern. "Pânico nas ruas da Grã-Bretanha", era o título do "Independent", enquanto os concorrentes procuravam os culpados.

O tablóide Sun, jornal de maior tiragem do país, denunciou o fato de o "banco continuar emprestando aos clientes quantias até 125% do valor de sua propriedade, apesar das advertências de instabilidade econômica e iminência de uma crise no setor imobiliário".





Fonte: G1

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