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Economia
Sábado - 15 de Setembro de 2007 às 13:32

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A pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar do IBGE confirmou avanços importantes nas condições sociais do País e mesmo do mercado de trabalho. Aumentou a escolaridade, a alfabetização, as matrículas em universidades, tem até escola sobrando em algumas cidades. Em relação ao mercado de trabalho, houve aumento importante da renda e da contratação formal, entre 2005 e 2006. Agora, essas melhorias não são suficientes para compensar perdas anteriores nem pra trazer avanços efetivos, principalmente se compararmos o Brasil com outros emergentes.

Especificamente em relação ao mercado de trabalho, o salário, por exemplo: pelo valor médio de 1996, corrigido pela inflação, a remuneração do trabalhador brasileiro deveria estar, na média, em R$ 975. Chegou a 888 em 2006. Portanto, em termos reais, é menor que a de dez anos atrás.

A contratação com carteira assinada cresceu muito. O governo tem anunciado esses dados com muito destaque, inclusive recordes. Só que mais da metade dos trabalhadores ainda está na informalidade. Sem direitos trabalhistas, a não ser a aposentadoria por idade. E mais: sem contribuir para a Previdência, o que aumenta o rombo das contas públicas.

Quanto ao emprego, se percebe que, mesmo com o crescimento mais acelerado da economia, continua patinando, sem recuperação mais expressiva. O desemprego atinge mais de 8% da população ativa, até mesmo nos dados nacionais, considerados pela PNAD, que vieram melhores que os das pesquisas mensais, também do IBGE, onde a taxa passa de 9%. Só com muito crescimento é que haverá uma redução efetiva. Tem a questão da automação. Setores que expandem a produção sem contratar.

Nesse sentido é preciso considerar ainda o peso do custo Brasil. De tudo que encarece os investimentos, a produção, as contratações. Os encargos trabalhistas que o governo só fala em reduzir, mas que vincula à aprovação de uma reforma tributária, que não pode resultar em queda da arrecadação.

Enfim, está havendo uma melhoria das condições do mercado de trabalho brasileiro, mas ainda muito modestas, em ritmo lento demais para corrigir defasagens e, em alguns aspectos, até mesmo para compensar perdas acumuladas nos períodos de desaceleração forte da atividade econômica.





Fonte: AE

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