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Nacional
Sexta - 14 de Setembro de 2007 às 23:59

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Rio de Janeiro, 14 set (EFE).- Pelo menos cinco milhões de crianças e adolescentes ainda trabalhavam no Brasil em 2006, apesar de os índices de trabalho infantil no país terem sofrido uma redução significativa, segundo um estudo divulgado hoje pelo Governo.

De acordo com a análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 11,1% dos brasileiros com idades entre cinco e 17 anos trabalhavam no país em 2006, o equivalente a quase 5,1 milhões de menores.

O número, no entanto, é inferior aos 12,2% de 2005, e o menor desde 1995, quando a taxa era de 18,7%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, que entrevistou 410.241 pessoas em 145.547 habitações em todo o país no ano passado.

Foram contabilizadas 237 mil crianças entre cinco e nove anos trabalhando, com uma carga horária média de 10,4 horas por semana.

O número de menores entre 10 e 14 anos que trabalhavam chegava a 1,7 milhões, com uma carga de 18,4 horas por semana, dentre os quais 53,3% não recebiam remuneração.

A maioria dos menores trabalhadores (41,4%) trabalhava na agricultura, sendo que 64,4% eram do sexo masculino, e 59,1% eram negros ou mulatos.

Quase 94,5% dos jovens trabalhadores sabiam escrever, embora 19% não tivessem frequentado a escola em 2006.

O estudo também mostrou que a taxa de analfabetismo no país caiu de 10,2% (2005) para 9,6% (2006), o que significa que 14,9 milhões de pessoas com mais de dez anos não sabiam ler nem escrever no ano passado.

No entanto, havia 37 milhões de analfabetos funcionais, pessoas com mais de dez anos que, apesar de saberem ler e escrever, não tem as habilidades necessárias para viabilizar o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

A taxa de analfabetismo funcional caiu de 24,9%, em 2005, para 23,6% em 2006.

O número de crianças de cinco e seis anos que estão na escola subiu de 81,6% (2005) para 84,6% (2006). A pesquisa atribuiu o aumento a uma lei aprovada no ano passado que antecipa a matrícula obrigatória para os menores de seis anos.

Dos 27,9 milhões de brasileiros com idades entre 7 e 14 anos, 97,6% estavam na escola em 2006, contra os 97,3% de 2005. Isso significa que 558 mil crianças nessa faixa etária não freqüentavam os bancos escolares no ano passado.

Em relação aos adolescentes com idades entre 15 e 17 anos, 82,2% estavam matriculados na escola.

Segundo o estudo, o país tinha em 2006 5,9 milhões de estudantes em cursos universitários e de especialização, um aumento de 13,2% em relação a 2005.

Apesar do crescimento, os universitários são apenas 10,7% entre o total de estudantes do país.




Fonte: EFE

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