Cai número de combatentes estrangeiros no Iraque, segundo Petraeus

WASHINGTON, 14 Set 2007 (AFP) - Há uma queda significativa na quantidade de combatentes estrangeiros que atacam as forças da coalizão lideradas pelos Estados Unidos no Iraque, anunciou nesta sexta-feira o general David Petraeus, comandante das tropas americanas no país.

"Constatamos uma redução no fluxo de combatentes estrangeiros que parece ser estatisticamente significativa", disse Petraeus à Al-Hurra, rede de televisão criada pelos Estados Unidos e que transmite em árabe.

"Alguns países fonte (de combatentes), respondendo a propostas diplomáticas, reforçaram suas medidas contra a saída de combatentes estrangeiros, como os terroristas suicidas que atravessam a Síria para entrar no Iraque", explicou o general.

"Sabemos que a Arábia Saudita dificulta que seus homens em idade militar possam viajar pelo aeroporto de Damasco com uma passagem só de ida. Sabemos que a Líbia proibiu o deslocamento de alguns destes indivíduos", disse Petraeus.

O presidente George W. Bush chegou a acusar a Líbia de permitir que combatentes cruzassem a fronteira iraquiana através de seu território para lançar ataques contra as forças americanas. O Irã, por sua vez, é suspeito de apoiar os insurgentes.

"Acreditamos que a Síria tomou determinadas ações" para reduzir a chegada de combatentes estrangeiros, disse Petraeus. No entanto, "é difícil afirmar". "Não falamos diretamente sobre esses temas com eles".

Nesta semana, Petraeus apresentou ao Congresso americano um relatório completo sobre o progresso da estratégia militar que enviou centenas de tropas suplementares para reforçar a segurança em Bagdá e na província de Al-Anbar (oeste).

O general afirmou que a estratégia conseguiu sufocar parte da crescente violência que ameaçou dividir o Iraque sob a ocupação americana, e propôs interromper o envio de novas tropas e começar uma redução gradual do número de soldados.