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CIA proíbe simular afogamento de preso interrogado
WASHINGTON - A CIA proibiu a polêmica técnica de interrogatório que consiste em simular um afogamento para persuadir um preso a falar, disse a emissora ABC News na sexta-feira.
O canal disse ter apurado junto a ex e atuais funcionários da CIA que o diretor da agência, Michael Haydon, proibiu a prática no ano passado, por recomendação de seu adjunto, Steve Kappes, e com aval da Casa Branca.
Mark Mansfield, porta-voz da CIA, disse que a agência tem como política não comentar seus métodos de interrogatório, exceto para enfatizar que eles foram e continuam sendo legais.
Mas uma fonte do governo afirmou à Reuters, sob anonimato, que "seria errado pressupor que programas do passado sigam para o futuro imutáveis".
Em julho, o presidente George W. Bush assinou uma ordem para que os interrogadores da CIA respeitem a Convenção de Genebra contra a tortura -- cinco anos depois de o próprio presidente ter colocado suspeitos da Al Qaeda e do Taliban fora do alcance daquela convenção, alegando que se tratavam de "combatentes inimigos", e não de soldados de um Exército regular.
Muitos grupos de direitos humanos consideram que a simulação de afogamento é uma forma de tortura.
Bush, que insiste que não há tortura nos interrogatórios, foi pressionado dentro e fora dos EUA por causa das técnicas usadas contra supostos militantes em prisões da CIA e em outros locais, inclusive na prisão militar de Guantánamo, encravada em Cuba.
Em 2006, o vice-presidente Dick Cheney foi criticado por dizer, em reposta a um radialista conservador, que não havia "nem o que pensar" a respeito do uso da simulação de afogamento caso a técnica possa salvar vidas. Mais tarde, Cheney disse que não se referia a uma técnica em especial, mas a interrogatórios como um todo.
Os militares proibiram em setembro de 2006 a simulação de afogamento e sete outras técnicas consideradas abusivas, como a nudez forçada, o uso de capuzes, a simulação de execução. Os interrogatórios da CIA são guiados por outro conjunto de regras.
O canal disse ter apurado junto a ex e atuais funcionários da CIA que o diretor da agência, Michael Haydon, proibiu a prática no ano passado, por recomendação de seu adjunto, Steve Kappes, e com aval da Casa Branca.
Mark Mansfield, porta-voz da CIA, disse que a agência tem como política não comentar seus métodos de interrogatório, exceto para enfatizar que eles foram e continuam sendo legais.
Mas uma fonte do governo afirmou à Reuters, sob anonimato, que "seria errado pressupor que programas do passado sigam para o futuro imutáveis".
Em julho, o presidente George W. Bush assinou uma ordem para que os interrogadores da CIA respeitem a Convenção de Genebra contra a tortura -- cinco anos depois de o próprio presidente ter colocado suspeitos da Al Qaeda e do Taliban fora do alcance daquela convenção, alegando que se tratavam de "combatentes inimigos", e não de soldados de um Exército regular.
Muitos grupos de direitos humanos consideram que a simulação de afogamento é uma forma de tortura.
Bush, que insiste que não há tortura nos interrogatórios, foi pressionado dentro e fora dos EUA por causa das técnicas usadas contra supostos militantes em prisões da CIA e em outros locais, inclusive na prisão militar de Guantánamo, encravada em Cuba.
Em 2006, o vice-presidente Dick Cheney foi criticado por dizer, em reposta a um radialista conservador, que não havia "nem o que pensar" a respeito do uso da simulação de afogamento caso a técnica possa salvar vidas. Mais tarde, Cheney disse que não se referia a uma técnica em especial, mas a interrogatórios como um todo.
Os militares proibiram em setembro de 2006 a simulação de afogamento e sete outras técnicas consideradas abusivas, como a nudez forçada, o uso de capuzes, a simulação de execução. Os interrogatórios da CIA são guiados por outro conjunto de regras.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/207066/visualizar/
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