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Sexta - 14 de Setembro de 2007 às 14:06

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As duas regiões menos populosas do Brasil, Centro-Oeste e Norte, são as que têm, proporcionalmente, mais residentes nascidos em outros Estados. Em contraste, o Sul e o Nordeste têm os menores percentuais e ainda tiveram redução na população de migrantes de 2005 para 2006. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE.

De acordo com o estudo, o Centro-Oeste tem 35,8% dos residentes dos domicílios pesquisados (4,76 milhões de pessoas) nascidos em outras unidades federativas. Somente no DF, 1,2 milhão de residentes vieram de fora, o que representa 51,8% dos moradores. Em Goiás, esse número é de 1,6 milhão (28,3%).

Em valores absolutos, a região é segunda do País em migração, com 4,7 milhões de pessoas. Perde apenas para o Sudeste, que segue liderando como maior destino de brasileiros não-paulistas: 14,6 milhões de residentes (18,4%).

O Norte é a segunda região com mais migrantes, proporcionalmente, com 21,7% (3,2 milhões de pessoas) dos residentes. Percentualmente, o Estado de Roraima lidera em todo o País a proporção de migrantes: 53,7% dos residentes (218 mil pessoas). Em terceiro lugar, depois de DF, vem outro Estado do Norte, Rondônia, com 46,7% (732 mil) residentes nascidos em outras unidades federativas.

O ranking das regiões quanto à migração se manteve igual ao da pesquisas de 2005 e de 2004, quando a região Centro-Oeste já registrava a maior proporção de moradores vindos de outros Estados, seguida do Norte, Sudeste, Sul e Nordeste, em ordem decrescente.

Nordeste e Sul têm menos migrantes

Assim como nos dois levantamentos anteriores, em números relativos, o destino menos procurado pelos brasileiros que se mudam de Estado é o Nordeste, com apenas 7,6% de residentes nascidos fora. A quantidade de migrantes na região caiu de 4 milhões em 2005 para 3,9 milhões em 2006.

Em números absolutos, porém, o Sul têm ainda menos migrantes, 3,2 milhões, que representa apenas 11,9% dos residentes e deixa a região como a segunda menos preferida. Como Paraná e Santa Catarina têm 17,8% e 16,4% de residentes migrantes, o baixo índice é puxado pelos números do Rio Grande do Sul.

O RS já era o Estado que tinha proporcionalmente menos migrantes no País e esse número ficou ainda menor do que nos anos anteriores. Houve um decréscimo de 475 mil pessoas em 2005 (4,4%) para 420 mil pessoas (3,8%) em 2006.

Em números totais, o Acre tem a menor quantidade de residentes nascidos em outros Estados, 88 mil. Mas como o Estado é pouco populoso, o número representa 13,2% dos moradores dos domicílios pesquisados.

Migração dentro dos Estados

Quanto à migração entre municípios dos Estados de origem, percentualmente, o Centro-Oeste também está na liderança, com 54,2% dos residentes, seguido do Sul, com 44,3%, e Norte, 42,2%. O Nordeste e o Sudeste são os que menos registraram movimento interno, com 31,5% e 41,3% respectivamente. Entre os Estados, os que mais têm migração entre município de residência são Roraima, com 62,6% (254 mil), Mato Grosso, 59,8% (1,7 milhão); e Rondônia, 58,4% (915 mil).

Em valores absolutos, a movimentação interna nos Estados é proporcional à população de residentes. Os cinco Estados com mais moradores são os que registram mais migrantes entre municípios. São Paulo lidera com 19,2 milhões de paulistas vivendo no Estado em cidades diferentes das de nascimento, seguido de Minas Gerais, 7,1 milhões.

Paraná, o quarto Estado em população, é o terceiro em migração interna, com 5 milhões de pessoas. Rio de Janeiro, o terceiro mais populoso, ocupa o quarto lugar, com 4,8 milhões de migrantes nos município; e Rio Grande do Sul, quinto em população e movimento interno de gaúchos, tem 4,4 milhões de residentes em cidades diferentes da de origem.

A PNAD entrevistou 410.241 pessoas, em 145.547 domicílios em todo o Brasil. A partir de outubro, começam as entrevistas da edição de 2007 da pesquisa, que completa 40 anos.





Fonte: Redação/Terra

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