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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quinta - 13 de Setembro de 2007 às 20:48

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Em assembléia na Praça da Sé, Centro de São Paulo, os funcionários dos Correios decidiram manter a greve da categoria iniciada na quarta-feira (12) enquanto a direção da empresa não abrir negociações.

Nova assembléia está marcada para a sexta-feira (14) à tarde. "Os Correios só negociam quando percebem que estão tomando prejuízo", disse o diretor de imprensa do Sindicato dos Empregados dos Correios de São Paulo, Mizael Cassimiro.

Ele afirmou que a adesão em São Paulo supera 90% e que a categoria não poderá garantir funcionamento mínimo de 30% da estrutura determinado pela Justiça.

Os Correios suspenderam os serviços de Sedex Hoje (que entrega correspondências no mesmo dia), Sedex 10 (que garante entrega até as 10h do dia útil seguinte ao da postagem) e de Disque-Coleta (de atendimento em domicílio) nesta quinta-feira (13), primeiro dia da greve nacional, por tempo indeterminado, dos funcionários dos Correios.

A categoria pede melhores condições de trabalho e aumento de salário. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Fentect), os trabalhadores querem reajuste salarial de 47,7%, mais reposição da inflação de 3,74%, além de um aumento linear de R$ 200 e a manutenção de benefícios.

Os Correios ofereceram reajuste imediato de 3,74% e aumento de R$ 50 para janeiro, além de abono de R$ 400, pago em duas parcelas (uma imediata e outra no início de 2008). A proposta foi rejeitada.

Adesão

De acordo com estimativas de Manoel Cantoara, presidente da federação, cerca de 90% dos trabalhadores do país estão de braços cruzados - o equivalente a 97 mil pessoas. Já a ECT informa que as 12.329 agências de todo o Brasil estão funcionando e que a paralisação é parcial e localizada.

O G1 percorreu agências no Rio, em São Paulo e em Brasília. No Rio, já foram encontradas duas unidades fechadas. Em São Paulo, foram visitadas três agências da Zona Sul. Duas atendiam normalmente no fim da manhã. Em outra, os clientes são informados que não há prazo de entrega para as correspondências postadas nesta quinta.

Na Capital federal, a reportagem visitou quatro unidades que estavam funcionando normalmente. Uma funcionária disse que provavelmente as correspondências teriam um atraso na entrega e que a prioridade é o Sedex.

Segundo a empresa, o setor mais prejudicado pela greve é o de distribuição - que agrega os carteiros.

Entrega

A ECT afirma que entrega 32 milhões de objetos diariamente e que estão sendo implantados programas de contingência para garantir a distribuição das encomendas postadas. A empresa pretende manter o tráfego terrestre de 2,5 mil toneladas e aéreo de 800 toneladas de produtos.

Já a federação dos trabalhadores diz que entre 10% e 15% das correspondências devem ser entregues durante a greve.

Ainda não há previsão de nova reunião de negociação entre as partes. A diretora da ECT avalia a possibilidade de recorrer à Justiça do Trabalho para solucionar o impasse. A empresa já anunciou que vai descontar os dias parados.

Operação Leão Expresso 2

No primeiro dia da greve, a Receita Federal realizou a Operação Leão Expresso 2, nos Correios de São Paulo. Foram apreendidos cerca de R$ 300 mil em mercadorias irregulares. Quinze auditores ficais e analistas tributários participaram da ação, que começou às 2h e acabou por volta das 7h.

"Estávamos recebendo muitas denúncias de comércio irregular pela internet, de produtos que eram vendidos sem nota fiscal, ou eram superfaturados", explicou Edmur Venturoli, chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e ao Descaminho (Direp) da Receita Federal.




Fonte: G1

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