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Nacional
Quinta - 13 de Setembro de 2007 às 19:32

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Funcionários e professores das redes Estadual e Municipal de Educação em São Paulo podem entrar em greve amanhã. Ambas as categorias farão assembléias na capital paulista para discutir essa possibilidade, dado o entrave nas negociações com governo e prefeitura. A expectativa dos sindicatos é que as aulas sejam suspensas amanhã, em razão das manifestações, mas essa possibilidade depende da adesão de cada escola ao movimento.

No âmbito municipal, os funcionários trabalham com uma pauta de negociações unificada. Os profissionais pedem um aumento salarial de 43%, além da incorporação do maior valor de gratificação paga aos professores, no valor de R$ 450. De acordo com o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), um docente em início de carreira com nível superior recebe R$ 621 mensais de salário.

Segundo o Sinpeem, a prefeitura propôs apenas o pagamento de vale-alimentação mensal no valor de R$ 190, pago aos servidores na ativa que ganham até cinco salários mínimos. Os sindicalistas discordam e querem que o benefício seja estendido a todos os funcionários. O sindicato programou uma manifestação amanhã, na região central de São Paulo, em frente à Secretaria Municipal de Gestão. A expectativa é que a secretaria receba uma comissão do Sinpeem e faça uma proposta. A secretaria não se posicionou sobre o assunto.

Educação estadual

Os funcionários da educação estadual também realizam uma campanha salarial conjunta, porém com reivindicações diferentes de acordo com cada função. Os professores, por exemplo, querem pelo menos 35% de reajuste salarial. Desde segunda-feira, os sindicatos ligados a esses profissionais, como professores, diretores, supervisores e outros funcionários, estão realizando acampamentos na Praça da República, no centro de São Paulo, durante o dia, para pressionar o governo pelo reajuste. Amanhã, os sindicalistas farão uma assembléia no local para discutir sobre uma possível paralisação. De acordo com a secretaria de Educação do Estado, as reivindicações dos sindicatos, somadas, gerariam gastos de R$ 8,1 bilhões, o que representaria 90% do total de gastos com pessoal nessa área durante o ano passado. "Caso as reivindicações fossem atendidas, por exemplo, as escolas teriam de ser fechadas, pois não haveria recursos para mantê-las, haveria atraso nos pagamento de salários, o estado quebraria, deixaria de receber transferências, obras de metrô, Rodoanel", informa, em nota.

Conforme a secretaria, um professor em início de carreira com nível superior que atue da quarta série ao Ensino Médio ganha R$ 1,03 mil por 21 horas semanais de trabalho efetivo. Além disso, esses profissionais recebem um bônus anual de R$ 1,2 mil.




Fonte: AE

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