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Marchas da Via Campesina chegam a 3 cidades no RS
PORTO ALEGRE - A Via Campesina levou centenas de manifestantes às ruas de Porto Alegre, Pelotas e São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul hoje, no segundo dia de atos públicos contra as plantações de eucaliptos e o latifúndio e em defesa da desapropriação de terras, da reforma agrária e da agricultura familiar. Não houve incidentes durante as manifestações.
Cerca de 800 acampados e assentados da região metropolitana de Porto Alegre caminharam 20 quilômetros, de Eldorado do Sul até a capital gaúcha, provocando alguns congestionamentos na BR-116. Apesar das críticas ao Executivo estadual, os manifestantes não pediram audiência com representantes do governo. "Nossa mobilização é para debater com a sociedade a expansão dos eucaliptos em áreas que poderiam ser destinadas à produção de alimentos pela agricultura familiar", explicou João Amaral, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Rio Grande do Sul.
No sul do Estado, as 700 pessoas que haviam acampando ontem diante do terreno do viveiro de mudas de eucaliptos da Votorantim Celulose e Papel em Capão do Leão deixaram o local ao amanhecer de hoje para fazer passeatas e acompanhar uma audiência pública sobre reforma agrária em Pelotas, a 15 quilômetros de distância. Os 150 empregados da empresa, que haviam ficado sem acesso ao trabalho no dia anterior, voltaram às atividades ao meio-dia. Ao final do dia, o grupo de manifestantes montou acampamento em área pública do bairro Tiradentes, na periferia da cidade.
No noroeste do Rio Grande do Sul, o grupo de 500 pessoas que iniciou uma marcha de 400 quilômetros, de Bossoroca até Coqueiros do Sul, avançou mais dez quilômetros no segundo dia de caminhada, indo de uma zona rural até a sede do município de São Luiz Gonzaga. Depois de uma passeata pela avenida principal da cidade, os manifestantes montaram acampamento no Parque Centenário para passar a noite. "Nossa caminhada vai denunciar o latifúndio", disse um dos coordenadores do MST estadual, Nilton de Lima.
Mesmo Destino
Nos próximos dias, as três frentes de manifestantes prometem estar nas estradas gaúchas rumo ao mesmo destino, a Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul. A Via Campesina acredita que o governo federal pode desapropriar a área de sete mil hectares, que já foi invadida oito vezes, alegando interesse social. Nenhuma das caminhadas tem data estabelecida para terminar. "Vamos entrar nas cidades e debater o plantio de eucaliptos e a reforma agrária com movimentos sociais, estudantes e trabalhadores", informa Irma Ostrovski, também da coordenação estadual do MST.
Em audiência amanhã com o superintendente em exercício do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), José Rui Tagliapietra, os manifestantes vão pedir pressa na reforma agrária e reclamar das metas não atingidas. O Incra prometeu fazer 1,2 mil assentamentos neste ano, mas até agora só entregou lotes a 365 famílias.
Cerca de 800 acampados e assentados da região metropolitana de Porto Alegre caminharam 20 quilômetros, de Eldorado do Sul até a capital gaúcha, provocando alguns congestionamentos na BR-116. Apesar das críticas ao Executivo estadual, os manifestantes não pediram audiência com representantes do governo. "Nossa mobilização é para debater com a sociedade a expansão dos eucaliptos em áreas que poderiam ser destinadas à produção de alimentos pela agricultura familiar", explicou João Amaral, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Rio Grande do Sul.
No sul do Estado, as 700 pessoas que haviam acampando ontem diante do terreno do viveiro de mudas de eucaliptos da Votorantim Celulose e Papel em Capão do Leão deixaram o local ao amanhecer de hoje para fazer passeatas e acompanhar uma audiência pública sobre reforma agrária em Pelotas, a 15 quilômetros de distância. Os 150 empregados da empresa, que haviam ficado sem acesso ao trabalho no dia anterior, voltaram às atividades ao meio-dia. Ao final do dia, o grupo de manifestantes montou acampamento em área pública do bairro Tiradentes, na periferia da cidade.
No noroeste do Rio Grande do Sul, o grupo de 500 pessoas que iniciou uma marcha de 400 quilômetros, de Bossoroca até Coqueiros do Sul, avançou mais dez quilômetros no segundo dia de caminhada, indo de uma zona rural até a sede do município de São Luiz Gonzaga. Depois de uma passeata pela avenida principal da cidade, os manifestantes montaram acampamento no Parque Centenário para passar a noite. "Nossa caminhada vai denunciar o latifúndio", disse um dos coordenadores do MST estadual, Nilton de Lima.
Mesmo Destino
Nos próximos dias, as três frentes de manifestantes prometem estar nas estradas gaúchas rumo ao mesmo destino, a Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul. A Via Campesina acredita que o governo federal pode desapropriar a área de sete mil hectares, que já foi invadida oito vezes, alegando interesse social. Nenhuma das caminhadas tem data estabelecida para terminar. "Vamos entrar nas cidades e debater o plantio de eucaliptos e a reforma agrária com movimentos sociais, estudantes e trabalhadores", informa Irma Ostrovski, também da coordenação estadual do MST.
Em audiência amanhã com o superintendente em exercício do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), José Rui Tagliapietra, os manifestantes vão pedir pressa na reforma agrária e reclamar das metas não atingidas. O Incra prometeu fazer 1,2 mil assentamentos neste ano, mas até agora só entregou lotes a 365 famílias.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/207474/visualizar/
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