Surto de Ebola na República Democrática do Congo mata 166, diz OMS
Um novo surto do vírus Ebola na República Democrática do Congo já matou 166 pessoas e infectou outras 327, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As mortes aconteceram na província de Kasai Ocidental, na região central do país, ainda segundo fontes da OMS, para onde já foram enviados especialistas, remédios e equipamentos para isolar os infectados.
O Ebola provoca uma febre hemorrágica gravíssima e muito contagiosa que provoca uma alta taxa de mortalidade, por volta de 90%.
A doença não tem cura conhecida e causa fortes dores de estômago e hemorragia interna.
A OMS afirmou que não há necessidade de impor restrições de viagem para o país ainda, mas os países vizinhos demonstraram estar preocupados com a situação na República Democrática do Congo.
Preocupação
Uganda emitiu um alerta vermelho para os postos de fronteira e instruiu o pessoal de terra do aeroporto internacional de Entebbe a prestar atenção a pessoas que apresentem sintomas semelhantes aos do Ebola.
Laboratórios especializados no Gabão e na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, estão examinando amostras de sangue dos infectados e confirmaram que além do Ebola, as vítimas estão infectadas com o vírus Shigella.
O surto atual começou há cerca de três meses em Kananga, a capital da região de Kasai Ocidental.
Vários povoados estão sob quarentena, e o surto está sendo considerado o pior dos últimos anos. As conseqüências devem durar vários anos mesmo que ele seja contido.
Acredita-se que o Ebola seja transmitido através do consumo de carne de animais selvagens e pelo contato com sangue e secreções de pessoas infectadas.
O último surto de Ebola na República Democrática do Congo matou mais de 200 pessoas em 1995, na cidade de Kikwit, cerca de 400 km a oeste da região atingida desta vez.
O pior caso de Ebola aconteceu em Uganda em 2001, quando foram registrados mais de 400 casos. Mais da metade morreu.
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