Telefonia celular é campeã de reclamações no Procon/MT; veja listas

A campeã em reclamações registradas entre setembro do ano passado e agosto deste ano pela Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon – MT) de Cuiabá é a Siemens, que atendeu apenas 177 do total de 314 solicitações de consumidores. Os motivos das reclamações vão desde abrangência de cobertura até cancelamento de compra do aparelho celular.

Abrangência de cobertura, produto com defeito, falta de peças para reposição, descumprimento de prazos e vício de qualidade foram os principais problemas apontados pelos 116 clientes que reclamaram ao Procon dos serviços prestados pela Motorola. Deste total, a empresa resolveu apenas 35.

Além delas, aparecem também no ranking divulgado nesta terça-feira pelo órgão a Gradiente, que ignorou dez do total de 66 usuários, a LG Eletronics, que das 77 reclamações deixou de lado quatro casos, e a Aiko, que não atendeu cinco de 15 pedidos. Já a Sansung, não atendeu 14 das 63 solicitações de reparos apresentadas.

Entre as operadoras, puxa a fila da “lista negra” a Vivo, seguida pela Tim, Claro e a Brasil Telecom. Foram 64, 28, 11 e 26 reclamações, sendo que 14, 20, 8 e 5 não foram atendidas, respectivamente.

O ranking geral, registrado pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) nas três superintendências do Estado alcançou um total de 1.701 ocorrências, sendo 1.489 em Cuiabá, 22 em Campo Novo do Parecis e 190 em Rondonópolis.

Por informar tanto as reclamações atendidas pelas empresas quanto às ignoradas, a lista permite uma comparação e auxilia o consumidor a escolher melhor o fornecedor de produtos e serviços prestados. Esta é a segunda vez que os dados são publicados. No total, o cadastro é feito por 16 Procons de 15 Estados a partir da integração dos bancos de dados pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). Pelo site www.mj.gov.br/dpdc/sindec podem-se levantar os perfis do consumidor, atendimentos mais utilizados, empresas reclamadas, tipos de demandas dos consumidores, as áreas da economia mais procuradas e as condutas praticadas.

"Previsto pelo Código de Defesa do Consumidor [Art. 44] e pelo Decreto 2.181 de 1997 [Art. 58, Inc. II], esta é a única vez no ano que o Procon Estadual divulga o nome [ou razão social] das empresas reclamadas, vez que o processo passou por toda a tramitação no órgão", informou o superintendente do Procon-MT, Angelo Boreggio.

Contudo, o Procon ressalta que o cadastro não é uma penalidade imposta ao fornecedor já que não está listada entre as sanções previstas pelo CDC (Art. 56), mas uma medida preventiva de proteção ao consumidor. "Na medida em que adquire o conhecimento sobre os fornecedores, o consumidor passa a agir com um senso crítico mais apurado, propiciando um consumo mais consciente e eficiente. Agora, com isso, o fornecedor deve passar a agir com mais respeito perante o consumidor", concluiu Boreggio.

Além de Mato Grosso, a lista foi publicada pelos Procons do Amazonas, Acre, Pará, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo, além da região metropolitana de Belo Horizonte (MG).