Tentativa de suborno no meio da estrada leva Antenor à cadeia
O episódio com Bebel não significa absolutamente nada pra Antenor.
Talvez até contribua pra afundá-lo ainda mais na depressão e na solidão que amarga desde as brigas com Lúcia e Daniel.
Quando isso acontece, Paraty é um santo remédio.
A paz daquela casa, o sol, o mar, as lembranças, a lentidão como a vida passa ali, ao contrário do caos da cidade – tudo isso funciona como um elixir revigorante para ele.
E por que não, também as conversas com o bom Nereu? O pai de Daniel é uma pessoa simples, mas sábia.
E é com essa sabedoria falsamente ingênua, de quem vê a vida pelo lado bom e verdadeiro, que Nereu abre os olhos de Antenor pra um fato incontestável: Daniel não deixou de gostar dele.
Está magoado, mas ainda gosta dele – como de um pai.
Será mesmo O encontro Instigado pelo conselho do sábio de Paraty, Antenor bate um telefone pra Daniel e tenta marcar uma conversa.
Daniel hesita, mas aceita – em sua casa, às seis horas daquele mesmo dia.
Antenor se acende, o peito renovado de esperanças.
Imediatamente, pede que lhe preparem o helicóptero, mas o tempo feio – chove muito em Paraty – não permite decolagens.
Antenor não conversa.
Pega o primeiro carro e chispa pra o Rio.
Mas, na correria, se esquece de levar os documentos e o celular.
O policial
Preso num engarrafamento monstro, devido à queda de uma barreira, Antenor descobre que pode prosseguir por uma estrada vicinal, ainda que não seja lá uma opção muito segura.
Ansioso, ele não pensa duas vezes – vai. Mas no meio do caminho, encontra a estradinha também obstruída, desta vez por uma árvore.
Determinado, Antenor salta do carro e, apesar do temporal, tenta remover o obstáculo.
Nisso, chega a patrulhinha.
O policial desce pra ajudar, mas, por qualquer motivo, desconfia da ansiedade de Antenor e pede os documentos.
É aí que Antenor se dá conta do seu esquecimento.
E agora?
A arrogância
Na falta dos documentos e no afã de resolver logo a pendenga, Antenor saca da carteira – sempre ela.
No ápice da sua arrogância, ele faz menção de que uma “cervejinha” pode muito bem resolver aquele impasse.
Pra quê! O policial se crispa com a tentativa de suborno e alça a voz: “O senhor está preso”.
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