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Justiça também condenou eleitor por repassar dinheiro para cabo eleitoral. Marcus Fabrício negou o crime e disse que irá provar inocência.
Por compra de voto, ex-vereador deve trabalhar no Hospital do Câncer de MT
O ex-vereador Marcus Fabrício Nunes, que disputou vaga na Câmara Municipal de Cuiabá em 2008, e mais um eleitor dele foram condenados nesta terça-feira (7) pela Justiça Eleitoral por compra de votos durante a campanha. Eles deverão prestar serviço no Hospital do Câncer de Mato Grosso uma vez por semana, por 8h diárias, conforme decisão da juíza Valdeci Morais Siqueira, da 39ª Zona Eleitoral de Cuiabá. A pena alternativa foi determinada porque os réus são primários, pois a pena era de um ano e cinco dias de prisão em regime aberto. Cabe recurso à sentença.
Ao G1, Marcus Fabrício, que hoje ocupa o cargo de secretário de Turismo e Cultura da capital, disse que irá recorrer da decisão e alegou inocência. “Vou tentar provar minha inocência porque nem sei quem era a mulher mencionada. Também já preparei a defesa para provar que não participei dessa situação”, afirmou.
Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), nos cinco meses que antecederam as eleições municipais de 2008, uma mulher que atuava como cabo eleitoral do então candidato a vereador captou eleitores para votar nele com a promessa de pagar de R$ 15 a R$ 20 para cada eleitor.
Porém, a mulher morreu antes do processo ser julgado. Por causa disso, foi extinto o processo que poderia incriminá-la. Segundo o MPE, essa cabo eleitoral contratou e cadastrou 119 eleitores nos bairros Pedra 90 e Voluntários da Pátria, na capital. Já o eleitor que foi condenado é acusado de repassar para a cabo eleitoral o dinheiro para o pagamento desses eleitores cadastrados.
O crime foi descoberto depois que alguns supostos intermediários do candidato deixaram de repassar algumas parcelas do dinheiro combinado, o que causou tumulto na frente da casa dessa cabo eleitoral para exigir o pagamento.
Na residência da mulher foi apreendida uma relação contendo mais de 100 nomes de eleitores. Dos nomes que estavam na lista, 11 declararam ter sido procurados pela cabo eleitoral para que votassem no candidato Marcus Fabrício, mediante promessa de pagamento, de acordo com o MPE. No entanto, disseram ter negado a proposta. Uma das testemunhas declarou à Justiça que a cabo eleitoral lhe ofereceu R$ 300 pelo voto, porém, disse não ter aceitado a proposta.
Fonte:
Do G1 MT
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