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Cidades/Geral
Sábado - 08 de Setembro de 2007 às 10:09

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O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), "esculhambou" o seu secretariado em discurso feito na entrega de 163 casas populares no residencial Paraná, ao lado do Três Barras. A solenidade ocorreu na quinta (6) à tarde, com a presença de parte dos secretários, vereadores e centenas de populares. Santos afirmou que está descontente com sua equipe, menosprezou a atuação do presidente da Agência de Habitação, vereador licenciado Júlio Pinheiro (PTB). Chegou a dizer que os secretários não fazem nada. O prefeito só poupou Carlos Carlão do Nascimento, que conduz a pasta da Educação.

As críticas do prefeito geraram a maior crise no primeiro escalão desde a sua posse, em janeiro de 2005. O PTB, que conduz duas secretarias (Habitação e Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo, esta com João Vieira) é um dos partidos que ameaçam entregar os cargos e romper. Vereadores da base aliada, como Permínio Pinto, presidente do PSDB da Capital, e Deucimar Silva (DEM) preparam discurso para a próxima sessão, com críticas à postura do prefeito e defesa de alguns integrantes do staff.

Wilson Santos afirmou na solenidade que os secretários precisam trabalhar mais. Sugeriu que acordassem por volta de 6 horas e ficassem à disposição do município até meia-noite. "É preciso que se trabalhe em conjunto. Ninguém faz nada", detonou o prefeito. As críticas foram direcionadas principalmente aos secretários de Habitação, Infra-Estrutura, Meio Ambiente, Saúde e até à equipe que compõe o Cerimonial.

Santos se irritou devido ao fato das obras do conjunto habitacional inaugurado não estarem totalmente concluídas. Assim que ouviu, em silêncio, as cutucadas do prefeito, Júlio Pinheiro deixou a solenidade. Foi aconselhado por vereadores a manter-se calmo diante do puxão de orelha do prefeito. Segundo informações, Pinheiro está disposto a entregar o cargo na próxima semana e ameaça até fazer oposição na Câmara Municipal. "Bombeiros" do PTB, entre eles o deputado Chico Galindo, tentam contornar a crise.

Com 15 meses de mandato pela frente e a um ano para as eleições municipais, o prefeito resolveu bater duro, diante das constantes reclamações de que possui um secretariado com atuação pífia. Soma-se a isso o fato de estar com baixo desempenho eleitoral, conforme pesquisas internas, algo que pode ameaçar a sua reeleição.




Fonte: RD News

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