Líbia proíbe a entrada de grande maioria de egípcios

Cairo, 7 set (EFE).- As relações entre Egito e Líbia encontraram um novo empecilho após a decisão de Trípoli de proibir a entrada da grande maioria dos egípcios no país, informa hoje a imprensa egípcia.

A decisão impedirá dezenas de milhares de cidadãos que buscam trabalho ou pretendem comerciar na Líbia de atravessar a fronteira.

De acordo com as informações dos jornais egípcios, a proibição começou na quarta-feira para todos os cidadãos egípcios, exceto os que nasceram na província fronteiriça de Matruh e tenham contratos de trabalho na Líbia.

As novas restrições causaram a reação do ministro do Exterior egípcio, Ahmed Aboul Gheit, que chamou o colega líbio, Abdel Rahman Shalqam, para pedir explicações, publicou hoje o jornal "Al-Ahram".

O jornal acrescenta que uma delegação da Líbia chefiada por Shalqam "informará às autoridades egípcias as restrições", segundo fontes do Ministério do Exterior no Cairo.



Segundo números não oficiais, há pelo menos um milhão de imigrantes egípcios na Líbia, e milhares cruzam a fronteira diariamente através do posto fronteiriço de Salom.

Os analistas no Egito interpretaram a medida do Governo líbio como um nova golpe contra a frágil economia egípcia, que sofre de alto nível de desemprego.