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Internacional
Quinta - 06 de Setembro de 2007 às 20:01

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Com a volta às aulas nos Estados Unidos, que acontece esta semana, em algumas escolas os alunos estão encontrando uma regra nova e incomum: nada de bolo. Distritos escolares em todo o país vêm tomando medidas para tornar mais saudável a comida dos refeitórios escolares, devido a novas diretrizes federais e à consciência de que muitas crianças sofrem de excesso de peso.

Na Califórnia, frituras foram excluídas do cardápio, de modo que produtos como nuggets de frango e batatas agora são cozidos. Em uma escola do Alabama, chá com açúcar não é mais servido. Em Nova Jersey, as embalagens de bebidas esportivas de 600 ml foram substituídas por embalagens de 350 ml.

As produtoras de comida e bebida estão se esforçando por oferecer alternativas mais saudáveis nos refeitórios escolares e nas máquinas de venda automática, mas certas mudanças foram recebidas com desinteresse pelos estudantes. "Surpreendentemente, a molecada até gostou", contrapôs Laura Jacobo, diretora de serviços de alimentação das escolas de Woodlake Union, Califórnia.

Mas alguns pais dizem que a repressão ao consumo de bolo em salas de aula, para celebrar aniversários ou ocasiões como o Halloween, representa exagero de parte dos burocratas da educação. Além da questão prática de como substituir o dinheiro que as associações de pais e mestres e outras organizações que beneficiam as escolas deixarão de arrecadar com seus leilões de bolos, há uma questão mais sentimental, já que um bolo representa um forte símbolo de inocência infantil e amor paterno.

"Lembro de quando eu era menina, e das festas de aniversário na escola, como gostávamos de levar alguma coisa para comer", diz Amy Joswick, que tem duas crianças no ensino primário em Old Bridge, Nova Jersey, em uma escola que proibiu bolos em festas de aniversário. "Não concordo com isso porque, em geral, caberia aos pais monitorar o que as crianças comem. O processo deveria começar em casa".

Pais do Texas se esforçaram por aprovar uma emenda de salvação dos bolos, a ser adotada como parte da política de nutrição de estudantes do Estado. A medida foi aprovada e garante que os pais possam levar bolos às escolas para ocasiões festivas.

Um motivo para que os pais desejem proteção a coisas como os bolos é a campanha para eliminar a comida enlatada das escolas, que começou ela mesma como reação à alta na obesidade infantil. Com tanta atenção à obesidade, as empresas produtoras de alimentos e bebidas correram para oferecer alternativas mais saudáveis, como batatas chips cozidas, e não fritas, e diversas variedades de água mineral, além de reduzirem suas porções, com recursos como as populares embalagens de 100 calorias.

Outro motivo são os requerimentos federais de que cada distrito escolar desenvolva um plano de saúde nutricional para convencer os alunos a comer alimentos saudáveis. Alguns Estados e distritos escolares simplesmente adotaram as regras federais, que os críticos consideram frouxas e antiquadas.

Por exemplo, as normas federais proíbem jujubas e picolés porque esses produtos têm "valor nutritivo mínimo". Mas barras de chocolate não podem ser proibidas, pois contêm nutrientes, de acordo com Margo Wootan, diretora de política de nutrição no Centro pela Ciência em Interesse Público.

Alimentos e bebidas que não sejam vendidos no horário das refeições, ou que sejam vendidos em máquinas localizadas fora dos refeitórios, não estão enquadrados nas normas federais, o que deixa aos Estados ou distritos locais a responsabilidade por desenvolver regulamentos (em contraste, os programas de almoço escolar subsidiados por verbas federais são governados por padrões nutricionais severos).

"A política nacional é tão patética que os Estados que a seguem deveriam se envergonhar", disse Wootan. Como resultado, mais de metade dos Estados adotaram normas mais severas quanto aos alimentos que podem ser vendidos ou distribuídos no período escolar. Por exemplo, Nova Jersey adotou regras próprias de nutrição, que entraram em vigor com o início deste ano letivo, ainda que mais de metade dos distritos escolares do Estado já as viessem cumprindo.

Isso significa que quando os alunos voltarem à Millburn High School, no norte de Nova Jersey, quinta-feira, continuará a haver pizza no cardápio, mas com baixo teor de gordura. Nas máquinas de venda automática, a água mineral substituiu os refrigerantes, e as bebidas esportivas serão vendidas em garrafas menores.

Na Spain Park High School, em Hoover, Alabama, uma bebida muito querida no local, o Milo's Famous Sweet Tea, foi excluída do refeitório. As batatas chips comuns também estão fora: agora, são vendidas batatinhas cozidas. No centro da Califórnia, o distrito escolar de Woodlake Union removeu suas máquinas de fritura, nos últimos meses, e as substitui por um forno de convecç&atild





Fonte: Terra

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