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Nacional
Quinta - 06 de Setembro de 2007 às 19:55

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A polêmica provocada pelo rateio do prêmio de mais de R$ 27 milhões da Mega-Sena despertou a curiosidade dos moradores de Joaçaba, em Santa Catarina, durante toda a semana. Na cidade de pouco mais de 24 mil habitantes, nas rodas de amigos e nas mesas dos bares o assunto é a disputa judicial entre o marceneiro Flávio Biass e seu patrão. Algumas pessoas correram para fazer uma “fezinha”. Outras preferem evitar a possibilidade de se tornar milionárias, mas com muitos problemas.

Biass afirma que deu R$ 1,50 e os seis números para que o patrão fizesse a aposta por ele no concurso 898. Informalmente, teriam combinado de repartir o dinheiro se os números fossem sorteados. Na quarta-feira (5), o juiz da 2ª Vara Cível da cidade, Edemar Gruber, determinou o bloqueio de conta bancária onde foi depositado o prêmio da Mega-Sena na segunda-feira (3).

Na fila da lotérica “pé-quente”, o volante com os números para o concurso de sábado (8) é segredo de estado para cada apostador. “Não vou contar para ninguém o que eu apostei. Não sou doida”, disse a agente de saúde Cláudia Ricardo, de 30 anos.

Ela fez questão de enfrentar a longa fila na tarde desta quinta-feira (6), na casa Xico Loterias, onde uma das apostas vencedoras do concurso 898 foi registrada. “Pra jogar agora, tem de ser na fila da sorte. Quem sabe um raio não cai no mesmo lugar duas vezes. A gente tem de ter fé.”

Debate

Os moradores da cidade não deixam de comentar a disputa entre o marceneiro e o patrão. "Olha, eu jamais faria o aquele menino (Flávio Biass) fez. Eu diria para o meu chefe deixar o bilhete comigo. Nada de ficar com o bilhete longe de mim”, disse a doméstica Oracinda de Jesus, 46 anos.

Ela contou ao G1 que também divide as apostas com o patrão, que mora no Centro de Joaçaba. “Ele sempre joga no bicho pra mim. Ele entende disso e já ganhei R$ 500 jogando no macaco. Pensa que ele ficou com o dinheiro? Não, ele me deu o prêmio interinho.”

Cidade pé-quente

O técnico de iluminação João Carlos Isler, 26 anos, freqüenta a lotérica há cinco anos. O detalhe: não para fazer a própria aposta, mas a do chefe dele. “Ele joga toda semana os mesmos números. Dá cerca de R$ 150 para cada concurso da Mega-Sena. O nosso acordo funciona e nunca deu problema”, disse.

Isler lembrou que o patrão acertou a quadra no mesmo concurso 898. “Meu chefe levou pra casa R$ 193,29. Praticamente o que gastou nas apostas. Mas ele já teve mais sorte. Há três anos, ele acertou a quina e faturou cerca de R$ 18 milhões”, afirmou.

O técnico disse que o acordo dele com o patrão serve apenas para o acerto das seis dezenas da Mega-Sena. “Se o meu chefe ganhar, uma casa eu levo. É o combinado.”




Fonte: G1

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