Investimento estrangeiro no Brasil deve crescer 83% em 2007, prevê estudo

O volume de dinheiro estrangeiro investido diretamente no Brasil deve crescer 83,5% em 2007, chegando a um total de US$ 34,5 bilhões, contra os US$ 18,8 bilhões registrados no ano passado. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (6) pela Economist Intelligence Unit, segmento de análises econômicas da revista "The Economist".

O Brasil é um dos três maiores recebedores de investimento direto entre os emergentes, atrás da China e da Rússia. Entre os principais fatores que contribuíram para o crescimento do investimento estrangeiro direto no país estão “as políticas implementadas ao longo da década passada”, como o regime de metas, que ajudou a controlar a inflação e reduzir a volatilidade do câmbio, aumentar a renda da população e iniciar a trajetória de queda dos juros, aponta o estudo.

Eles afastam

Apesar dos pontos positivos, a EIU prevê uma retração nos investimentos no ano que vem: o total deve cair para US$ 27 bilhões. O relatório da EIU destaca problemas que contribuem para afastar os investidores internacionais, como o ambiente de negócios burocrático, excesso de impostos, regulação ineficiente e infra-estrutura falha. “Esses fatores vão continuar a limitar o crescimento do investimento, restringindo a expansão do PIB para abaixo da meta do governo de 5% ao ano”, diz o documento.

Eles atraem

No ranking mundial, os Estados Unidos aparecem como o país que mais recebe investimento estrangeiro, respondendo por 17% do total entre os anos de 2007 a 2011. No mesmo período, a previsão da EIU é de que a China continue como o emergente que lidera os aportes de dinheiro internacional na economia.

Por outro lado, a Índia deve desapontar a expectativa da EIU: apesar do "dinamismo do país e crescente importância", o fluxo de dinheiro para o país deve ser relativamente modesto em 2007, abaixo da meta de US$ 25 bilhões estimada pelo governo para 2007/08.