Expectativa é que juro termine o ano em 11%
A unanimidade no placar da decisão do Comitê na véspera indicou, para uns, sinal de que há espaço para mais reduções da taxa. Para outros, o corte de setembro pode ter sido o último do ano.
O recente repique da inflação também vem surpreendendo e adicionando mais dúvidas sobre em que patamar o BC deve deixar a Selic antes de uma parada técnica. Por isso, o IPCA de agosto, que sai nesta manhã, será monitorado de perto.
Apenas mais um corte
Para a Associação Nacional das Financeiras (Acrefi), é difícil prever os próximos passos da política monetária até o final do ano. “É possível que haja mais dois cortes de 0,25 ponto, trazendo a taxa Selic para 10,75% no final de 2007”, diz o economista da entidade Istvan Kasznar.
Ele lembra, no entanto, que a pesquisa Focus dessa semana prevê juros básicos de 11% no final do ano, ou seja, apenas mais um corte de 0,25 ponto em 2007.
Para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a decisão indica que a política de redução das taxas de juros deverá ter continuidade. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, também espera que o Banco Central retome os cortes mais acentuados nas taxas de juros, “para que não se interrompa o atual processo de crescimento da economia”.
O presidente da Fecomercio, Abram Szajman, diz que o Copom deve fazer uma "parada técnica" no corte dos juros, o que fará que a Selic termine o ano ao redor de 11%. “Pouco acima do que era previsto antes do início da crise imobiliária e de alguns repiques inflacionários, sobre tudo no IGP-M e sobre os alimentos”, diz.
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