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Policia MT
Quarta - 08 de Maio de 2013 às 09:34
Por: DÉBORA SIQUEIRA

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Vilson de Jesus/ALMT
Os pais da vítima, Moacir Andrade e Lourdes Evangelista, estiveram presentes na reunião
Os pais da vítima, Moacir Andrade e Lourdes Evangelista, estiveram presentes na reunião
Um delegado da Polícia Civil será designado para acompanhar o caso do desaparecimento de João José Evangelista de Oliveira, após denunciar a extração ilegal de madeiras dentro do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso. O rapaz se tornou peça-chave da Operação Mapinguari, desencadeada pela Polícia Federal, em 2007. (Leia mais AQUI)

 
 
Esse foi um dos resultados da reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na terça-feira (07). 

 
 
“Vamos selecionar um delegado que tenha o perfil para acompanhar as investigações e trabalhar em conjunto com a equipe do Gaeco. Temos que dar um retorno à família, que sofre angustiadamente a dor de um filho. Parabenizo o trabalho realizado por essa Comissão e tenho certeza de que teremos um desfecho sobre o caso”, afirmou o coronel Antônio Moraes, que representou o secretário de Segurança Pública e Comunitária, Alexandre Bustamante, na reunião. 

 
 
O presidente da comissão, o deputado Emanuel Pinheiro (PR), disse tudo será feito para proporcionar a elucidação dos fatos. “Não podemos deparar com situação feita essa em pleno século 21. Vamos dar todo apoio aos familiares e tudo que tiver ao nosso alcance o sumiço do rapaz será esclarecido”, reiterou o parlamentar. 

 
 
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o promotor Marco Aurélio de Castro, confirmou a expedição de dois procedimentos da Justiça, que assegurava proteção à testemunha do governo federal.

 
 
A assessoria de imprensa do Ministério Público Federal (MPF) disse que, segundo as informações repassadas pela Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, o rapaz foi quem pediu para deixar o Programa de Proteção a Testemunhas. Pelos ritos, o procurador explica a testemunha como o programa funciona e ela concorda ou não em ser incluída. 

 
 
De acordo com a família do jovem, ele não teria sido cadastrado oficialmente no programa. “Nós vamos tentar ajudar a recompor esse cenário. Antes disso, foi aberta uma sindicância interna para saber se esse caso era de competência do Gaeco”, comentou o promotor. 

 
 
Os pais da vítima, Moacir Andrade e Lourdes Evangelista, estiveram presentes à reunião na Assembleia e puderam expor aos membros da Comissão os detalhes sobre o caso, ocorrido em 2007.



 
João José Evangelista de Oliveira está sumido desde que saiu do Programa de Proteção a Testemunhas, em setembro de 2010.

 
 
Conforme denúncia feita pela mãe do rapaz ao procurador Paulo Prado - então, chefe do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do MPE -, e ao presidente da Assembleia, deputado José Riva (PSD) - afastado ontem pelo TJ -, o filho recebeu uma oferta de R$ 10 mil e um caminhão-toreiro para fazer a denúncia à Polícia Federal e ao Ibama de crimes ambientais.

 
 
Ela acusou o gerente da fazenda de uma ONG detentora de terras na região de ter feita a proposta ao garoto. 

 
 
A organização não-governamental possui vários litígios possessivos por terras com madeireiros e produtores rurais da região.





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