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Cidades/Geral
Quarta - 08 de Maio de 2013 às 08:44
Por: ALECY ALVES

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Em Mato Grosso, todos os médicos que atendem nos serviços de urgência 

e emergência, seja em unidades públicas, privadas ou filantrópicas de saúde, terão de comprovar capacitação específica para pronto-atendimento. 

Conforme a resolução 003/2012, publicada semana passada e divulgada 

ontem pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), os médicos que 

descumprirem a exigência serão responsabilizados profissionalmente. 

O prazo para cumprimento da medida é de 180 dias. Isso significa que a 

partir de outubro deste ano será considerada irregular a atuação 

daquele que estiver no PA e não comprovar a habilitação para esse 

serviço. As implicações legais também recairão sobre os proprietários 

e gestores das unidades. 

Para o CRM, conforme a presidente Dalva Alves das Neves, a preocupação é com a qualidade dos serviços oferecidos à população. Os médicos, destaca ela, precisam ter condições de atender bem, saber como avaliar 

o paciente e fazer os primeiros procedimentos antes de acionar o 

especialista, se for o caso. 

Saber, por exemplo, identificar os sintomas de um AVC(acidente 

vascular cerebral) e um infarto. Dalva Neves lembra que não há 

exigência de especialidade para atuar na urgência e emergência. 

Entretanto, observa, não se pode admitir que os médicos saíam da 

faculdade direto para o serviços. 

O médico Arlan de Azevedo Ferreira, vice-presidente do CRM, diz que o 

ensino sobre urgência e emergência oferecido pelos cursos de graduação 

Medicina não é suficiente para preparar o profissional para atuação 

na área. Essa falta de preparo, acrescenta, tem sido detectada pelo 

CRM. 

O CRM-MT, informa a presidente, está oferece um curso de formação 

específica gratuitamente a partir de julho. Inicialmente serão 25 

vagas, com possibilidade de mais 25 até o final do ano. 

A partir de hoje, as prefeituras, o governo do Estado, hospitais 

particulares e filantrópicos serão notificados sobre a nova resolução. 

A expectativa do CRM é que os órgãos públicos e os próprios hospitais 

ofereçam o curso aos seus médicos seguindo os parâmetros e conteúdos 

previstos na resolução. 

O curso é similar ao exigido para médicos do Samu(Serviço Médico de 

Urgência) para atendimento de pacientes graves, politraumatizados com 

risco de morte iminente por exemplo. 

Tem 60 horas/aulas e ensina, por exemplo, traumas de crânio, tórax, 

abdome em pacientes comuns e em gestantes. E ainda, síndromes 

coronarianas agudas, edema agudo pulmonar, AVC isquêmico, assim como 

manusear o paciente que está em estado crítico. 





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